A cidade mágica, festa da Parada e perdidas em BH!







(Vah e Léo)






Em Ouro Preto chegamos com fome.Entramos num boteco amarelo e a Larêssa pediu pra gente pão de queijo e refrigerante ( era a única com grana entre a gente). Depois , fomos passear por entre aquelas ruas. Conhecemos um hippie chileno. Ele levou a gente pra ver uma exposição de arte e cinema de graça. O dia já tinha ido embora, já estava começando a esfriar o clima e a gente apenas perambulando nas ruas, rindo do povo, rindo com o povo.... Já tínhamos bebido muita cerveja e vinho. A Larêssa saiu com o hippie pra um bar e eu e Léo fomos passear , ora correndo de mãos dadas, ora tirando onda com umas japonesas cumprimentando-as em japonês. Acho que já passava das 9 horas da noite, ia passando perto da gente uma guria de calça xadrez, cabelo curto meio cacheado, toda estilosa. Eu e Larêssa olhamos pra ela e até falamos juntas “ que massa essa guria, adorei a calça dela!”..HEHEHE... E do nada o Léo olha pra ela e grita “ Raíssa!”. (e num eh que o Léo conhecia ela).Ela veio caminhando em nossa direção pra falar com ele. Nos cumprimentamos, ele falou pra ela que a gente num tinha lugar pra ficar nem nada, que íamos dormi na rua mesmo aí ela disse que tava ali na casa de um amigo (conhecido como Tayóba), ela ligou pra ele e ele deixou a gente ficar na casa dele! Nossa! Que sorte a nossa porque naquela noite estava fazendo muito frio....
Fomos os 4 deixar as mochilas na casa do guri que ia hospedar a gente, era bem grande, parecia uma república meio que em estilo americana com sótão e tudo o mais. Ficamos no sótão, tinha 4 camas e mais uns 2 colchões, a Raíssa ia dormir lá também com a gente. Dia seguinte, logo pela manhã, acordamos, tomamos banho e fomos atrás de algo pra comer na cidade. Paramos num boteco que a Rah tinha comprado sanduíche natural e compramos 3 latinhas de cervejas e 3 pães de queijo. Ficamos ali sentados no meio da praça da Liberdade em cima de algum monumento e encontramos o nosso amigo Francês lá.







(Léo, eu, Larêssa e o Francês)








Ele estava hospedado numa república. Tiramos inúmeras fotos, demos mais voltas na cidade ( eu já tava morta de cansada, oh lugar pra ter ladeira, era muita subida e descida), compramos mais garrafas de vinho e fomos pra concentração da Parada já daquele jeito. O Leo estava filmando uns guri da escola de samba que estavam tocando lá e a gente só pulando carnaval, se divertindo. A Larêssa se distraiu e acabou caindo num buraco, arranhando a perna só, nada grave, fui com ela em num boteco ali próximo pra ela limpar a perna e o Léo e a Raíssa ficaram esperando a gente voltar. Aproveitamos e compramos mais duas cervas e pão de queijo. Tinha umas gurias na esquina e a gente passou tirando onda delas imitando sotaque espanhol. Voltamos pra onde a galera estava esperando a gente e a Parada seguiu em frente rumo ao centro da cidade. A banda dos guris na frente e o resto do povo atrás dançando,pulando, agitando a bandeira gay. Começou a cair uma chuva muito forte. O povo se dispersou por uns instantes, mas logo em seguida caíram na farra também. Logo mais a noite o povo chegou no centro onde tinha um palco montado pra ter mais festa pro pessoal. Eu e Raíssa saímos dali pra comprar vinho e pão com mortadela. Passamos um bom tempo longe do pessoal, longe do tumulto, apenas conversando. Ela acabou se abrindo comigo, falando da vida dela e eu falando a ela da minha. Falamos de amores não tão antigos, relacionamentos a pouco desfeitos... Meio que nos encontramos na dor...
Já estávamos meio pra láaa de tanto vinho e voltamos pra festa com a intenção de se divertir mesmo, aproveitar ao máximo. Eu num tinha vindo de tão longe pra ficar ali triste pelos cantos por causa de uma pessoa e nem ela também... Encontramos o Léo e a Larêssa. Nossa , eles já tinham bebido horrores, estavam mais alegres que a gente junta. A gente dançou, se divertiu horrores .... Conhecemos várias pessoas, ficamos com várias pessoas... A Raíssa deu idéia de ir numa boate chamada Bar’ Rabaz , mais a gente não tinha grana, acabou que ninguém foi. Lá pelas 4 da manhã, eu fui com a Raíssa deixar uma amiga dela na parada de ônibus porque ela iria voltar pra casa dela (que é na cidade vizinha).Me despedi do povo e como a parada era meio perto da casa do Tayóba, na volta eu acabei ficando por lá mesmo. Eu estava um caco. A galera ficou na festa até amanhecer...


Por volta das 8 horas da manhã, a gente é acordado ao som de uma banda marcial que ia percorrendo as ruas, era dia 7 de setembro, dia da Independência!
Tomamos banho, pegamos as nossas mochilas, não tinha ninguém em casa além de nós 4. Escrevemos um bilhete pro Tayóba, agradecendo pela hospitalidade e desejamos boa sorte pra ele e tudo o mais de bom e saímos da casa, deixamos a chave em local estratégico que o Léo tinha combinado com ele quando eles chegaram de manhãzinha.
Caminhamos horrores pra tentar uma carona de volta a Belo Horizonte, a Rah ia pra uma cidade chamada Mariana. Estávamos caminhando em sentido errado rumo a Mariana e não BH. A Raíssa conseguiu uma carona pra casa dela, nos despedimos e voltamos todo o percurso para o lado certo que dava em BH. Já era meio dia e ainda não tínhamos saído de Ouro Preto. Ficamos os 3 parados perto de uma lombada quase na saída da cidade e levantamos o dedo e plaquinha. Um cara num carro pequeno e vermelho parou pra gente. A esposa dela pôs as malas deles no porta-malas pra ter espaço pra a gente ir. Fomos conversando, descobri que a esposa dele também é pernambucana (de Petrolina) e que já esteve na cidade que eu moro a passeio (Salgueiro)....
Eles tinham muito bom gosto pra música, no rádio tocava MPB, rock leve e algumas músicas antigas.... Nós 3 acabamos cochilando,o cansaço tinha nos vencido por um instante...

Chegamos no trevo do Alphaville, o cara parou o carro pra a gente descer, a esposa dele ficou surpresa pela a história de nós 3 e enquanto a gente caminhava se despedindo dela, ela ia tirando fotos da gente até não nos ver mais...
Seguimos caminhando pra a parada de ônibus mais próxima.... Depois de uns 40 minutos rodando descemos no shopping Del Rey, demos uma volta nele, tomamos água e fomos caminhando até a casa do Léo ( chegamos lá em 20 minutos) . Batemos à porta e a Mah veio abrir, ela tava em estado de destruição emocional... HEHEHE... Passou apuros enquanto estivemos fora e ela ficou só... Não tinha gás pra ela fazer comida, teve que aprender a acender uma churrasqueira pra fazer arroz pra comer, tudo via youtube, sério... sem onda... hsuahsuahsauhsa
Rimos horrores dela contando isso, fora a fumaça que deu na casaaa... HEHEHEHEHE
Enfim.. passamos o resto do dia em casa descansando e contando a ela como tinha sido em Ouro Preto. A noite eu e Mah fomos deixar a Larêssa na rodoviária. Ela ainda comprou uma de nossas pulseirinhas pra nos ajudar de alguma forma e a gente trocou abraços... Depois que o ônibus dela partiu, a gente voltou pra casa do Léo e dormimos...
De manhã, o Léo deixou grana pra a gente comprar gás, pão e outras coisas pra comer.. Aproveitamos pra comprar frutas também...Seguimos (sem o mapa) em direção a rua que ficava mais acima, viramos a direita e depois a esquerda e subimos em sentido reto, já tínhamos gravado o caminho de volta na cabeça, apesar de a gente ir conversando muito, rindo muito e até apostando corrida... Na volta quando descemos em sentido reto, viramos a direita e quando chegamos perto do ponto (que viraríamos a esquerda) esquecemos em qual rua entrar... Pior... ali era simplesmente tinha ruas que dava pra tudo quanto é lado e as casas das esquinas todas iguais...¬¬
Ohhhhh merda! Nos perdemos... Tentamos fazer o caminho de volta indo até a metade da rua que dava pro mercadinho que a gente comprou as coisas... e quem disse que a gente lembrava??! Deu um branco na gente muito louco...
Então já que estávamos mesmo perdida e cheia de sacolas na mão e o sol tava começando a esquentar mais ainda, optamos por seguir em frente e sai perguntando ao ponto onde era a rua Lunardi ( próximo a casa de Léo) que chegando lá a gente com certeza iria encontrar a casa. O povo também nem sabia onde que ficava essa rua, eles conhecem mais por pontos de referencias ou por apelidos... Pronto.. nem a própria população que morava ali sabia nos dizer onde era, pensamos,, o mundo caiu... o.O’
Optamos por andar mais um bocado até a avenida principal, daí continuamos nela até conseguir encontrar a rua que era entrada pra casa dele...
Depois de quase uma hora perdidas finalmente chegamos em casa...
Tomamos banho, fizemos almoço. O Léo chegou e contamos o acontecido a ele, ele se acabou em risos... Passamos a tarde vendo filme e anime no pc. A Mah queria conhecer Brasília, e eu estava esperando uma resposta de uma amiga de lá pra a gente ir logo no dia seguinte, só que depois ela me falou que tinha um monte de parentes na casa dela e que não dava... Enfimjá a noite, mah foi tentar descolar um teto com alguém na net e aí uma guria disse que tinha um amigo que poderia nos hospedar por 3 dias.. Uai, sem problemas, e mah pegou o endereço dela, só que o nome da rua que a guria deu era diferente do que dizia no google maps e a gente se confundiu toda, mah já tava cansada e foi cochilar e eu fiquei ali, mais um tempinho, tentando encontrar a rua com a guria me explicando via orkut. Ela (Mayra) disse que tinha feito um mapa e mandou pro meu e-mail...
Quando eu abrir o e-mail e vi o mapa, eu num sabia se ria ou se chorava, ela simplesmente mandou 3, um circulando bem grande a cidade, um com uma seta mostrando o bairro e outro com uma seta enorme rosa mostrando a casa dele fora que falou que se a gente chegasse meio tarde era pra a gente ligar pro guri (Maycom) pra a gente marcar um lugar melhor pra ele buscar a gente porque o bairro era muito perigoso.. ainda mais de madrugada... Eu chamei mah... A gente se acabou de rir e ao mesmo tempo ficamos com medo, pasmas... sente só:








(mapa 1)










(mapa 2)









(mapa 3)





Pois é, a primeira coisa que falei pra mah foi :
(eu) - Acho que ela pensa que a gente voa...
(mah) – Mulher vamo no nosso jatinho particular... (gargalhadas)
(eu) - E o que é BSB?
(mah) – Num faço a mínima idéia...
(eu) – ah, só pode ser Back Street Boys... ( mais risadas e medooo)











(é a gente quase ficou assim quando vimos o mapaa!)










A gente num riu de má intenção, é que estava complicado daquela forma...
Fiquei um tempão na net sozinha verificando aquele mapa até que encontrei o nome certo da rua,e a partir daí, pude fazer um roteiro, escrevi bem certinho, todos os pontos de referencia possíveis e os possíveis ônibus que pegaríamos até chegar no local indicado, fora que eu também anotei os telefones deles...
Dormi muito cansada ansiosa para que amanhecesse logo!

0 Response to "A cidade mágica, festa da Parada e perdidas em BH!"

Postar um comentário

Powered by Blogger