A cidade mágica, festa da Parada e perdidas em BH!







(Vah e Léo)






Em Ouro Preto chegamos com fome.Entramos num boteco amarelo e a Larêssa pediu pra gente pão de queijo e refrigerante ( era a única com grana entre a gente). Depois , fomos passear por entre aquelas ruas. Conhecemos um hippie chileno. Ele levou a gente pra ver uma exposição de arte e cinema de graça. O dia já tinha ido embora, já estava começando a esfriar o clima e a gente apenas perambulando nas ruas, rindo do povo, rindo com o povo.... Já tínhamos bebido muita cerveja e vinho. A Larêssa saiu com o hippie pra um bar e eu e Léo fomos passear , ora correndo de mãos dadas, ora tirando onda com umas japonesas cumprimentando-as em japonês. Acho que já passava das 9 horas da noite, ia passando perto da gente uma guria de calça xadrez, cabelo curto meio cacheado, toda estilosa. Eu e Larêssa olhamos pra ela e até falamos juntas “ que massa essa guria, adorei a calça dela!”..HEHEHE... E do nada o Léo olha pra ela e grita “ Raíssa!”. (e num eh que o Léo conhecia ela).Ela veio caminhando em nossa direção pra falar com ele. Nos cumprimentamos, ele falou pra ela que a gente num tinha lugar pra ficar nem nada, que íamos dormi na rua mesmo aí ela disse que tava ali na casa de um amigo (conhecido como Tayóba), ela ligou pra ele e ele deixou a gente ficar na casa dele! Nossa! Que sorte a nossa porque naquela noite estava fazendo muito frio....
Fomos os 4 deixar as mochilas na casa do guri que ia hospedar a gente, era bem grande, parecia uma república meio que em estilo americana com sótão e tudo o mais. Ficamos no sótão, tinha 4 camas e mais uns 2 colchões, a Raíssa ia dormir lá também com a gente. Dia seguinte, logo pela manhã, acordamos, tomamos banho e fomos atrás de algo pra comer na cidade. Paramos num boteco que a Rah tinha comprado sanduíche natural e compramos 3 latinhas de cervejas e 3 pães de queijo. Ficamos ali sentados no meio da praça da Liberdade em cima de algum monumento e encontramos o nosso amigo Francês lá.







(Léo, eu, Larêssa e o Francês)








Ele estava hospedado numa república. Tiramos inúmeras fotos, demos mais voltas na cidade ( eu já tava morta de cansada, oh lugar pra ter ladeira, era muita subida e descida), compramos mais garrafas de vinho e fomos pra concentração da Parada já daquele jeito. O Leo estava filmando uns guri da escola de samba que estavam tocando lá e a gente só pulando carnaval, se divertindo. A Larêssa se distraiu e acabou caindo num buraco, arranhando a perna só, nada grave, fui com ela em num boteco ali próximo pra ela limpar a perna e o Léo e a Raíssa ficaram esperando a gente voltar. Aproveitamos e compramos mais duas cervas e pão de queijo. Tinha umas gurias na esquina e a gente passou tirando onda delas imitando sotaque espanhol. Voltamos pra onde a galera estava esperando a gente e a Parada seguiu em frente rumo ao centro da cidade. A banda dos guris na frente e o resto do povo atrás dançando,pulando, agitando a bandeira gay. Começou a cair uma chuva muito forte. O povo se dispersou por uns instantes, mas logo em seguida caíram na farra também. Logo mais a noite o povo chegou no centro onde tinha um palco montado pra ter mais festa pro pessoal. Eu e Raíssa saímos dali pra comprar vinho e pão com mortadela. Passamos um bom tempo longe do pessoal, longe do tumulto, apenas conversando. Ela acabou se abrindo comigo, falando da vida dela e eu falando a ela da minha. Falamos de amores não tão antigos, relacionamentos a pouco desfeitos... Meio que nos encontramos na dor...
Já estávamos meio pra láaa de tanto vinho e voltamos pra festa com a intenção de se divertir mesmo, aproveitar ao máximo. Eu num tinha vindo de tão longe pra ficar ali triste pelos cantos por causa de uma pessoa e nem ela também... Encontramos o Léo e a Larêssa. Nossa , eles já tinham bebido horrores, estavam mais alegres que a gente junta. A gente dançou, se divertiu horrores .... Conhecemos várias pessoas, ficamos com várias pessoas... A Raíssa deu idéia de ir numa boate chamada Bar’ Rabaz , mais a gente não tinha grana, acabou que ninguém foi. Lá pelas 4 da manhã, eu fui com a Raíssa deixar uma amiga dela na parada de ônibus porque ela iria voltar pra casa dela (que é na cidade vizinha).Me despedi do povo e como a parada era meio perto da casa do Tayóba, na volta eu acabei ficando por lá mesmo. Eu estava um caco. A galera ficou na festa até amanhecer...


Por volta das 8 horas da manhã, a gente é acordado ao som de uma banda marcial que ia percorrendo as ruas, era dia 7 de setembro, dia da Independência!
Tomamos banho, pegamos as nossas mochilas, não tinha ninguém em casa além de nós 4. Escrevemos um bilhete pro Tayóba, agradecendo pela hospitalidade e desejamos boa sorte pra ele e tudo o mais de bom e saímos da casa, deixamos a chave em local estratégico que o Léo tinha combinado com ele quando eles chegaram de manhãzinha.
Caminhamos horrores pra tentar uma carona de volta a Belo Horizonte, a Rah ia pra uma cidade chamada Mariana. Estávamos caminhando em sentido errado rumo a Mariana e não BH. A Raíssa conseguiu uma carona pra casa dela, nos despedimos e voltamos todo o percurso para o lado certo que dava em BH. Já era meio dia e ainda não tínhamos saído de Ouro Preto. Ficamos os 3 parados perto de uma lombada quase na saída da cidade e levantamos o dedo e plaquinha. Um cara num carro pequeno e vermelho parou pra gente. A esposa dela pôs as malas deles no porta-malas pra ter espaço pra a gente ir. Fomos conversando, descobri que a esposa dele também é pernambucana (de Petrolina) e que já esteve na cidade que eu moro a passeio (Salgueiro)....
Eles tinham muito bom gosto pra música, no rádio tocava MPB, rock leve e algumas músicas antigas.... Nós 3 acabamos cochilando,o cansaço tinha nos vencido por um instante...

Chegamos no trevo do Alphaville, o cara parou o carro pra a gente descer, a esposa dele ficou surpresa pela a história de nós 3 e enquanto a gente caminhava se despedindo dela, ela ia tirando fotos da gente até não nos ver mais...
Seguimos caminhando pra a parada de ônibus mais próxima.... Depois de uns 40 minutos rodando descemos no shopping Del Rey, demos uma volta nele, tomamos água e fomos caminhando até a casa do Léo ( chegamos lá em 20 minutos) . Batemos à porta e a Mah veio abrir, ela tava em estado de destruição emocional... HEHEHE... Passou apuros enquanto estivemos fora e ela ficou só... Não tinha gás pra ela fazer comida, teve que aprender a acender uma churrasqueira pra fazer arroz pra comer, tudo via youtube, sério... sem onda... hsuahsuahsauhsa
Rimos horrores dela contando isso, fora a fumaça que deu na casaaa... HEHEHEHEHE
Enfim.. passamos o resto do dia em casa descansando e contando a ela como tinha sido em Ouro Preto. A noite eu e Mah fomos deixar a Larêssa na rodoviária. Ela ainda comprou uma de nossas pulseirinhas pra nos ajudar de alguma forma e a gente trocou abraços... Depois que o ônibus dela partiu, a gente voltou pra casa do Léo e dormimos...
De manhã, o Léo deixou grana pra a gente comprar gás, pão e outras coisas pra comer.. Aproveitamos pra comprar frutas também...Seguimos (sem o mapa) em direção a rua que ficava mais acima, viramos a direita e depois a esquerda e subimos em sentido reto, já tínhamos gravado o caminho de volta na cabeça, apesar de a gente ir conversando muito, rindo muito e até apostando corrida... Na volta quando descemos em sentido reto, viramos a direita e quando chegamos perto do ponto (que viraríamos a esquerda) esquecemos em qual rua entrar... Pior... ali era simplesmente tinha ruas que dava pra tudo quanto é lado e as casas das esquinas todas iguais...¬¬
Ohhhhh merda! Nos perdemos... Tentamos fazer o caminho de volta indo até a metade da rua que dava pro mercadinho que a gente comprou as coisas... e quem disse que a gente lembrava??! Deu um branco na gente muito louco...
Então já que estávamos mesmo perdida e cheia de sacolas na mão e o sol tava começando a esquentar mais ainda, optamos por seguir em frente e sai perguntando ao ponto onde era a rua Lunardi ( próximo a casa de Léo) que chegando lá a gente com certeza iria encontrar a casa. O povo também nem sabia onde que ficava essa rua, eles conhecem mais por pontos de referencias ou por apelidos... Pronto.. nem a própria população que morava ali sabia nos dizer onde era, pensamos,, o mundo caiu... o.O’
Optamos por andar mais um bocado até a avenida principal, daí continuamos nela até conseguir encontrar a rua que era entrada pra casa dele...
Depois de quase uma hora perdidas finalmente chegamos em casa...
Tomamos banho, fizemos almoço. O Léo chegou e contamos o acontecido a ele, ele se acabou em risos... Passamos a tarde vendo filme e anime no pc. A Mah queria conhecer Brasília, e eu estava esperando uma resposta de uma amiga de lá pra a gente ir logo no dia seguinte, só que depois ela me falou que tinha um monte de parentes na casa dela e que não dava... Enfimjá a noite, mah foi tentar descolar um teto com alguém na net e aí uma guria disse que tinha um amigo que poderia nos hospedar por 3 dias.. Uai, sem problemas, e mah pegou o endereço dela, só que o nome da rua que a guria deu era diferente do que dizia no google maps e a gente se confundiu toda, mah já tava cansada e foi cochilar e eu fiquei ali, mais um tempinho, tentando encontrar a rua com a guria me explicando via orkut. Ela (Mayra) disse que tinha feito um mapa e mandou pro meu e-mail...
Quando eu abrir o e-mail e vi o mapa, eu num sabia se ria ou se chorava, ela simplesmente mandou 3, um circulando bem grande a cidade, um com uma seta mostrando o bairro e outro com uma seta enorme rosa mostrando a casa dele fora que falou que se a gente chegasse meio tarde era pra a gente ligar pro guri (Maycom) pra a gente marcar um lugar melhor pra ele buscar a gente porque o bairro era muito perigoso.. ainda mais de madrugada... Eu chamei mah... A gente se acabou de rir e ao mesmo tempo ficamos com medo, pasmas... sente só:








(mapa 1)










(mapa 2)









(mapa 3)





Pois é, a primeira coisa que falei pra mah foi :
(eu) - Acho que ela pensa que a gente voa...
(mah) – Mulher vamo no nosso jatinho particular... (gargalhadas)
(eu) - E o que é BSB?
(mah) – Num faço a mínima idéia...
(eu) – ah, só pode ser Back Street Boys... ( mais risadas e medooo)











(é a gente quase ficou assim quando vimos o mapaa!)










A gente num riu de má intenção, é que estava complicado daquela forma...
Fiquei um tempão na net sozinha verificando aquele mapa até que encontrei o nome certo da rua,e a partir daí, pude fazer um roteiro, escrevi bem certinho, todos os pontos de referencia possíveis e os possíveis ônibus que pegaríamos até chegar no local indicado, fora que eu também anotei os telefones deles...
Dormi muito cansada ansiosa para que amanhecesse logo!

Algumas lições de vida, encontrando uma amiga e viajando pela estrada real






(Mah,Nique e Eu... Parque Municipal de Belo Horizonte - MG)





A festa durou a noite toda! Tinha muita bebida e muito petisco. O som tava muito alto, muita música eletrônica... hsuahsuas . Me divertir horrores. Consegui ficar acordada até 1 h da manhã,eu tava um caco, queria descansar. A Mah continuou na festa com o pessoal. Fui num quartinho que o Léo coloca o pc, estendi um colchonete no chão e capotei. De madrugada eu percebi uns flash de fotos no lugar que eu tava deitada. A galera tava zoando os que já estavam dormindo. Eu nem liguei e voltei a dormi. Das pessoas que estavam lá, 7 dormiram no Léo. Pela manhã a gente percebeu o estrago. Tinha copos no chão, coisas pregada na parede, tava uma grude só. Passamos a tarde ajudando ele a limpar a casa. À noite fomos dá uma volta em Belo Horizonte.
Enquanto o Léo estava na faculdade (quase o dia todo), eu e Mah passávamos as tardes passeando pela capital, ele nos deu um mapinha pra a gente se guiar melhor, já que não tínhamos muita grana o jeito era andar a pé. Conhecemos o mercado Público, praça do Sete, praça Raul Soares, praça da Liberdade, Parque Municipal (muito lindoo) e vários outros lugares,até os botecos também ( BH é conhecida como a capital dos botecos).
Fizemos pulseirinha também com uns hippies (bem gente boa por sinal), fizemos amizades com um pessoal que andava de skate...
Ah, a gente deu uma volta na galeria do rock (muito fodáa). Vi um cara tocando bateria imaginária (batendo as baquetas numa caixinha com uns detalhes de borracha) e fui lá falar com ele. Daí fiz amizade com o cara (até eu toquei também com ele).Depois a Mah,Monique e o Max chegaram lá. Um carteiro ia passando na hora e a Nique pediu pro cara tirar uma foto nossa. Foi hilário, até ganhei uns papéis de promoção de festa de rock que ia ter nos dias que se seguiam por lá. Numa quinta feira à noite, o Léo nos avisou que uma amiga dele (de uma cidadezinha pequena) iria chegar e pediu pra eu e Mah irmos buscar ela na rodoviária a noite. A gente foi. Ficamos horas e mais horas e mais horas lá matutando, chutando pedrinha, demos umas voltamos por ali por perto e nada de ônibus chegar. Já era quase 11 hrs da noite e nada. Achamos estranho e ligamos pra casa do Léo a cobrar, ele atendeu e disse que a gente estava louca, que a guria iria chegar só na sexta feira a noite .. ¬¬ Uma pequena falha de comunicação... (Ele deixou o recado mais esqueceu de avisar o dia que ela viria... ).

Demos uma volta pela rodoviária pra ir embora quando encontramos a Monique e um cara (amigo do Léo) passeando por lá. Ele nos ofereceu carona pra deixar a gente na casa do Léo porque já estava tarde pra a gente voltar a pé ( fora que era longeee).
Rimos da situação quase o tempo todo. Na sexta, dia certo, fomos buscar a tal guria (a Larêssa).

Nesse dia, eu e Mah fomos visitar uma amiga dela, a Cáthia (muito gente boa por sinal, ela é cabeleireira).Ficamos ali jogando conversa fora até o cair da noite e depois fomos pra parada de ônibus pra tentar chegar na rodoviária. No caminho, já dentro do ônibus, a mah sentou numa cadeira na frente da minha e eu sentei do lado da janela perto de uma guria lá. Reparei que tinha uns panfletos de poemas pendurados atrás de todas as cadeiras , como forma de incentivo a leitura.Comecei a ler um e em seguida puxei papo com a guria que estava ao meu lado sobre o poema. A gente começou a conversar, não me lembro do nome dela mais lembro que ela é morena e tinha por volta de uns 30 anos e estava voltando do trabalho. Contei um pouco a ela sobre minha vida e o que eu fazia ali.Ela ficou surpresa e até me falou que mora em BH desde que nasceu e não tinha andado na metade dos lugares que andei na capital ( fazia uns 6 dias que eu já estava lá). Pow é o que todo mundo faz, até parece que são programados para nascer, crescer, trabalhar, casar, ter filhos, conhecer alguma cidade que tem vontade (e olhe lá se muitos chegam ao menos no outro bairro) e morrem! E o que fizeram?!Será se conseguiram ao menos realizar alguns de seus “sonhos”?!
Fiquei um pouco indignada, não que eu incentive as pessoas de largarem seus empregos e famílias e saiam por aí nas Br’s pedindo carona pra conhecer algum lugar mais que ao menos consigam realizar algum tipo de sonho como eu estava conseguindo realizar um naquele momento. Se vc não puder sair de sua cidade conheça ao menos sua própria cidade, procure conhecer histórias, coisas culturais. Era o que eu buscava naquele momento que era conhecer uma parte do meu país antes de tentar conhecer algum outro afora. Buscar experiências novas e positivas, crescer...
Falei um pouco disso pra ela e ela até me prometeu (com um largo sorriso) que quando estivesse de férias iria ao menos passear em Ouro Preto ( ela achava muito bonito lá).
Bem se ela fez eu não faço a mínima idéia, mais só de ver aquele sorriso de agradecimento já tinha me feito ganhar o dia!

Ela desceu duas paradas antes da minha. Contei a mah o ocorrido e ela ficou super feliz e até falou que a nossa vida era parecida porque de certa forma a gente meio que não estava ali por acaso, que tínhamos coisas a falar, a fazer e a mostrar às pessoas.. Na hora senti um arrepio frio...

Chegando na rodoviária avistamos a Larêssa. A mah nos apresentou e fomos andando em direção a parada de ônibus. Encontramos o Léo por lá e seguimos os 4 juntos.Começou a chuviscar. Corremos pra pegar um antes que começasse a cair a chuva de verdade. Depois de alguns minutos já estávamos na casa de Léo. Compramos algumas coisas pra comer e uma garrafa de vinho. A guria que acabava de chegar deu a idéia de irmos pra Ouro Preto no dia seguinte, que ela queria conhecer e que também iria ter a Parada Gay! Bem, eu não conhecia ainda aquela cidade e não tinha nada a perder. A gente deu uma vasculhada na net pra ver se tinha alguém que pudesse nos hospedar por uns dias... Sem sucesso, mesmo assim optamos por ir, nem que nós acabássemos dormindo na rua os 4. A mah tinha umas coisas pra fazer no sábado e ela optou por encontrar a gente lá no domingo.



Video pedindo carona no trevo saindo de BH para Ouro Preto!







Por volta das 10 hrs da manhã do sábado, bem na hora que já estávamos na calçada esperando o Léo trancar a porta, um amigo dele apareceu. Estava de carro e com tempo livre e nos ofereceu carona o mais próximo possível do trevo pra OP.
Compramos cervejas ( uma lata pra cada). Chegando na Br, nos despedimos do amigo dele. Caminhamos um pouquinho e encontramos uma moça também pedindo carona mais não pro mesmo destino que o nosso. Trocamos algumas palavras de “ boa sorte na carona” e seguimos mais a frente. Como estávamos em 3 ( eu, léo e larêssa) ficava mais difícil de conseguir carona, optamos por eu ir depois e eles 2 irem primeiro. O Léo começou a gravar um vídeo, registrando aquele momento e assim que ele parou de gravar um cara encostou um carro. Ele estava sozinho e iria passar bem no nosso destino e ainda por cima levou nós 3. Pense numa sorte! Fomos a maior parte do tempo conversando ( descobrimos que o motorista também pedia carona quando tinha nossa idade pra ir pra faculdade ou pra visitar algum amigo). Tiramos fotos das paisagens, da famosa estrada real e da gente mesmo dentro do carro! O Estado de Minas Gerais é muito lindo e cheio de morros.O cara foi tão com nossa cara que deixou a gente bem no centro de Ouro Preto. Agradecemos muito a ele e tratamos de dá uma volta por lá e conhecer um pouco daquela cidade mágica!











(Larêssa, eu e Léo... Carona indo pra Ouro Preto - MG )






Ps-Fica a dica aí, cidade muito linda!

... Minha pequena cidade,aventuras numa borracharia e niver do mochileiro!





[Praça da Prefeitura - Salgueiro (PE)]






Dia 12/08/09

Depois de finalmente descansarmos, tomamos banho, comemos algo. Liguei pra alguns amigos avisando que eu já tinha chegado (aproveitei pra matar saudade de todos e também da família). Dei uma arrumada no quarto...
À noite, Hell, Patrick, Thiago e outros mais amigos, passaram em casa pra irmos dá uma volta na cidade, mostrar um pouquinho pra Mah.
Compramos vinho e fomos beber um pouco perto da biblioteca.
Ficamos por lá até por volta da 1 hr da manhã, conversando, contando alguns causos e fazendo pulseira.
Dia seguinte, eu peguei emprestado o play II de meu primo. Passamos a tarde toda jogando guitar hero, residente entre outros,também passamos a maior parte do tempo na net. Não fizemos muitas coisas de interessante não por lá, a cidade que eu moro é pequena, só tem mesmo o que fazer quando se tem algum evento ou a alternativa é você dá uns passeios pelas praças, que são bonitas até!
Aproveitei mais pra descansar bastante, ainda tinha muita estrada pela frente.
Alguns dias depois, Mah e minha mãe foram à feira comprar umas coisas, fizemos macarronada. Vimos filmes depois.
À noite fomos à casa de Hell, tocamos violão e cantamos e conversamos com a galera.
Ah, teve uma tarde, nossa foi engraçada, eu , mah e hell fomos pra pracinha da igreja com o violão, enquanto eu e Hell cantava e ria ( pow a gente nem estava conseguindo cantar a letra direito porque a gente só fazia rir, era uma música do The Distillers, banda que amoo, Open Sky), a Mah tava no telefone falando com uma amiga dela de sampa, a Veh. A mãe da hell chegou e comprou sorvete pra gente. A gente tava numa situação tão caótica tentando cantar que até jogaram uma pedra em nós! Hehehe, mais de onda néh, num foi pra machucar mesmo e nem pra a gente parar, era que tava engraçado mesmo! Tava mais ou menos parecido com esse vídeo!













(praça da Igreja - Salgueiro -PE)







Bem, numa terça-feira, a gente conversou e traçamos algumas possíveis rotas que deveríamos seguir.
Vi no orkut que o Léo (amigo mochileiro) ia fazer niver e tava convidando todos os mochileiros e amigos que estivessem por perto de Belo Horizonte - MG, onde ele mora.
Meu pai arrumou uma carona pra a gente ir no sábado, essa ia diretamente à BH, só que o niver dele era exatamente nesse dia.Então resolvemos seguir na quarta pela manhã pra chegar a tempo. Mah falou com uma amiga dela de Vitória da Conquista – BA , pedindo teto.A guria respondeu e disse que sem problema, que esperaria por nós.
Pela manhã ,dia 26/08, seguimos pro ponto principal de caronas, cruzamento de Br’s, a cidade que moro é privilegiada por conta disso, tem Br norte-sul, leste-oeste.Assim que chegamos num posto, um caminhão parou pra abastecer, perguntei pra onde o cara tava indo e ele disse que iria descarregar em BH! Que sorte! Seguimos com ele!
Rodamos um monte pela Bahia a baixo, eu acabei dormindo, Mah ficou conversando com o motorista. Paramos por volta da 1 hr da tarde pra almoçar. O cara levantou lá a tenda da cozinha do caminhão (muito massa, é pequena mais comporta muita coisa) e colocou umas cadeiras pra a gente sentar. Enquanto Mah preparava o arroz e ovos fritos, eu fazia cuscuz. O cara fez café.
Comemos ali mesmo.
Lavamos as coisas, subimos de novo no caminhão e seguimos até as 11 horas da noite. Paramos numa cidade chamada Jequié (BA). Fazia frio. O cara dormiu na cabine, eu e mah fomos procurar o banheiro feminino. A mulherzinha tava lavando ele e iria demorar um pouco.Aproveitamos pra comer algo e tomar um café. Pegamos casacos de frio e vestimos. A cada instante que se passava esfriava mais aquele lugar. Demos a volta ao redor daquele posto.Atrás dele tinha umas casinhas meio trash que tinha alpendre.A gente pensou em passar a noite debaixo de algum até que avistamos uma borracharia 24 hrs. Tinha um cara tentando trocar um pneu de caminhão que tinha acabado de estourar, o negocio tava tenso. Conversei um pouco com o dono da borracharia e perguntei se ele teria um lugar pra eu e minha amiga passarmos a noite. Ele então abriu um galpão ao lado da borracharia, tinha um monte de pneu velho amontoado num canto da parede, a frente tinha um pia, no outro canto tinha uns arreios de cavalo e selas, e no centro, onde tinha menos poeira, tava vazio. Ele ainda pegou um colchonete e um cobertor e nos deu. Fechamos o galpão. Colocamos nossas mochilas próximas aos pneus, mah pegou algumas roupas e juntou fazendo assim um travesseiro pra nós. Pus o celular pra despertar as 5:30 hr da manhã. Estava muito frio o clima ali, dormimos bem próximas pra tentar se aquecer.Era por volta das 2 hrs da manhã quando finalmente cochilamos.
Levantamos ao som de Torn, música de Natalie Imbruglia ( meu despetador,hehehe). Arrumamos as coisas,enquanto tomávamos café (acho que vcs já perceberam o quanto gostávamos dessa bebidinhaa,hehehe) íamos olhando o mapa e conversando.A gente muito próximo de Vitória da Conquista e a gente tava cansada de ta no caminhão por muito tempo.Decidimos então que íamos descer em Vitória mesmo e deixar o cara seguir sozinho, mesmo ele indo exatamente pra onde a gente pretendia.
Rodamos mais um pouco, almoçamos e chegamos na cidade por volta das 4 hr da tarde.
Nos despedimos e agradecemos ao motorista.Caminhamos um pouco até encontrar o endereço da guria, Renata, mais conhecida como Renas.Assim que chegamos, comemos algo e tomamos banho.
Ela mora só, é professora de geografia, adora filmes e lê bastante livros. Me encontrei.
*-*
Achei ela o máximo de pessoa, inteligente, conversa horrores. As amigas dela chegaram à noite, trouxeram cerveja. Ficamos conversando e se divertindo até 1 hr da manhã.Fui dormi logo e Mah foi em seguida.
Dia seguinte, agradecemos a Renas por ter nos acolhidos, ela disse que a gente voltasse sempre que pudéssemos, pra fazer uma visita com mais tempo e ela poder mostrar a cidade a gente. Trocamos abraços, Renas me deu um filme de presente. Por volta das 10 h da manhã do dia 28/08 saímos de sua casa. Atravessamos aquela cidade a pé debaixo de um sol.... Que meu deus!
Avistamos um ótimo lugar, um trevo que tinha lombada.
Levantamos plaquinha e dedo e um cara parou. Esse era gaúcho. Fomos conversando muito sobre sotaques, ele e mah me zoavam.Hehehe..
Ele fez desvio de rota pra chegar mais rápido, assim passando por Montes Claros, onde chegamos por volta das 10 h e pouquinho da noite. O cara preparou lanche pra gente na cozinha do caminhão. Depois, eu e mah fomos procurar o banheiro feminino. Nossa! Era enorme, todo limpinho e cheiroso.Tinha 4 cabines de vaso no lado direito e do outro os chuveiros, tudo em mármore preto. Tomamos banho, água quentinha..
Tomamos mais um café e voltamos ao banheiro pra dormi. Vasculhamos ele e achamos meio que uma sauna desativada, mais estava bem limpa. Começamos a viajar, falando que ali era o nosso quarto e que estávamos numa suíte presidencial! Rsrsrs...
Mah estendeu a toalha dela no chão e pegou umas roupas pra fazer de travesseiro. Colocamos as mochilas perto de nossos pés e dormimos. O lugar era tão quentinho e limpo e bom que esquecemos da hora.Dormimos feito criança e acordamos por volta das 9 h da manhã. Arrumamos as coisas rápido.Tínhamos perdido a carona! ¬¬
Ficamos ali levantando dedo e plaquinha até que nem demorou muito e parou um cara, o lugar era péssimo, os carros passavam muito rápidos.
Tivemos sorte!
Seguimos com ele até BH.
Ele nos deu dinheiro pra a gente pegar lotação e se locomover pela capital mineira sôh!
Chegamos na casa do Léo, a festa já estava rolando, tinha muita gente, conhecemos muitos mochileiros, pessoas que já viajaram o litoral nordestino de bicicleta e levando barraca, pessoas que já viajaram e moraram na Europa, pessoas que estavam começando a se aventurar nas br’s... Foi uma troca de experiências incríveis aquela noite. Tinha até estrangeiros, amigos do Léo que ele conheceu no couchsurf (site para mochileiros).
Tomamos banho, comemos algo e fomos festar!!!





\0/....

.... A friend in need ....






(A friend in need)








Bem, vou voltar um pouquinho no tempo pra contar a idéia que tive quando encontrei Bianca.
Em meados de março (quando eu trabalhei na campanha de eleição de chapa na construção civil) eu conheci um cara chamado Silas. A gente acabou se tornando amigos e passei a contar algo de minha vida pra ele e ele pra mim. Um dia ele disse que se eu fizesse algum curso nessa área de construção, ele me chamaria pra trabalhar com ele (que é arquiteto ).
Depois que estive em Natal, fiquei pensando na guria que tinha nos hospedado e falei do Silas pra Mah. Pouco antes de sair de Fortaleza eu liguei pra ele (que até ficou surpreso achando que eu já tinha feito curso e que eu fosse trabalhar com ele). Pedi pra ele me ajudar a ajudar alguém.Contei todas a história da Bianca, sobre ela perder o mestrado e outras coisas e passei o telefone dela pra contato. Simplesmente ele me falou que tem um irmão que mora na mesma cidade que ela e que também é arquiteto e estava com projeto de construção por lá.Os dois se falaram e Bianca foi pra entrevista e conseguiu. Ficamos super feliz, ela agradeceu a gente via depô de orkut e telefone. Uma coisa muito boa que aconteceu comigo enquanto eu viajava que eu queria compartilhar com vocês!


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(Apenas mais um dia na estrada..)







Mais uma vez eu e Mah passamos a noite sem dormi direito, Deitamos as 4hrs da manhã e levantamos as 6 hrs. Comemos algo, arrumamos as mochilas. Rute ainda dormia. Escrevi um bilhete de agradecimento pra ela e coloquei-o num cantinho do armário da sala junto à chave da casa.
Fomos pra parada pra pegar a lotação e tentar chegar o mais próximo da Br possível. Como sempre ta cheio de gente os terminais de lá, a gente acabou saindo já tarde da cidade mesmo, ao meio dia ainda estávamos não muito longe da cidade. Ficamos levantando o dedo debaixo de um sol escaldante, passamos protetor solar e mesmo assim não resolvia, ficamos vermelhas demais. Acho que a gente já tava tendo alucinação de tão quente que tava. Fomos ao posto fiscal e comemos algo.Demoramos um tempinho ali pra esperar o sol baixar mais um pouco. Lá pelas 2 da tarde fomos de novo. Um cara parou e deixou a gente na polícia federal (que ficava um pouco mais a frente) que era um ponto melhor. Os caminhoneiros passavam ali e carimbavam as notas fiscais pra ter permissão pra seguir pra outros Estados.Um deles viu a nossa plaquinha e pediu que a gente esperasse que ele levava a gente ao menos mais a frente. Este viajava em dupla com outro cara. Fui em um e Mah no outro. Fiquei um tempinho conversando com ele sobre viagens e fui cochilar. Lá pelas 5:30 hrs ta tarde, paramos em um posto, eles só iam dirigir até ali. A gente tava numa cidade chamada Russas. Eu e Mah fomos tomar café no posto, e depois voltamos pra Br, a gente tinha rodado muito pouco, o dia não estava muito bom!
Conseguimos outra carona até Jaguaribe, era umas 9 hrs da noite quando lá chegamos. A noite é perigoso pra pedir carona, a não ser que você esteja em um posto, algum cara abasteça e você tenha a sorte de ele ir pro mesmo lugar que você pretende. Botei na cabeça que naquele lugar eu não passaria a noite. Não era muito seguro. Compramos um pacote de bolacha com a grana que o cara tinha dado a Mah. Um cara parou o caminhão e foi comprar bolacha também. Eu tava conversando com o povo lá pra ver se alguém passaria por Salgueiro naquela noite. O cara escutou e chamou a gente.Ele ia fazer entrega de carga em Petrolina (PE) e sim passaria por lá. Levou a gente!
Passamos o tempo todo conversando e escutando músicas de flash back e cantando também com o cara. Muito engraçado ele e bem gente boa. Paramos lá pelas 2 e pouquinho da manhã pra tomar café, Mah tomou chá. Enquanto ele abastecia o caminhão, eu e mah ficamos zuando, cantando as músicas de Avril Lavigne ( Nobody’s Home), eu sentada no batente do posto sendo a amiga de Avril ( no clipe) e ela sendo a Avril. A gente riu horrores.... hehehehe. Foi muito engraçado, e imitando o clipe direitinho só que ao invés de ela abrir a porta do carro no fim do clipe, ela abriu a porta do caminhão. Hehehehehe! Imagina a cena disso... hehehehehe...
Seguimos pela noite a fora. A Mah acabou dormindo encostada no canto do caminhão, eu fiquei conversando com o cara ( tinha medo de ele dormi e por isso o mantinha acordado fazendo perguntas e mais perguntas). Às 5 da manhã chegamos num posto em Salgueiro. Agradecemos ao cara, ele nos desejou boa sorte e seguiu viagem. A gente ficou ali matutando no posto, esperando o sol nascer porque aquela hora o povo em casa tava dormindo. Depois que ele saiu, brilhando com força já, fomos passeando pela cidade, vimos a padaria abrir, o povo acabando de sair de suas casas para trabalharem...
Chegamos em casa, pai tinha acabado de acordar (naquele dia ele dormiu em casa), colocamos as mochilas no meu quarto e capotamos na cama, estávamos a 2 dias sem dormir direito.Eu pelo menos,nem tinha dormido ainda...

Época de calor....Revendo amigos...





[Centro Cultural Dragão do Mar - Fortaleza (CE)]


A gente chegou em Fortaleza numa época quente, a Mah passou mal, tava desanimada, num era acostumada com tanto calor, e olha que lá o sol brilha com força!
Passamos a maior parte do tempo em casa, às vezes, dávamos uma volta pelo bairro a noite pra pegar um ventinho fresco que passava ali. Fizemos feira de frutas,verduras. Ixe, esse dia foi engraçado. A Rute foi pra faculdade ( ela faz de fisioterapia) enquanto isso a gente foi se aventurar na feira. Esqueci o carrinho de compras. Levamos pouca grana mais voltamos cheias de sacolas e mais sacolas, e pesadas demais. A gente passava o caminho todo de volta doida pra chegar em casa, e o sol nem tava ajudando, tava muito quente. A gente meio que andava tonta, vendo miragem,o.O’, e querendo correr sem poder por conta do peso e medo de que as sacolas rasgassem. Chegamos todas bronzeadas,super rosas! Foi tenso essa feira! A noite, chamei a Mah pra dá uma volta por Forta, queria mostrar a ela meus amigos que moram no bairro chamado Barroso.Pessoa que me ajudaram muito enquanto eu estive morando por lá, amigos considerados mesmo! Ela nem quis, tava passando mal de calor. Fui só. No busão fiquei ouvindo músicas pelo celular, passou um filme na minha cabeça da época que tive ali, namoro,amigos,alegrias,tristezas,coisas inusitadas... Enchi os olhos de lágrimas,sentia muita falta daquele lugar.
Cheguei na casa de tia Lurdinha ( guria que me ajudou pacas mesmo, me deu até teto), dei um abraço nela, em Daniel e Audinne (filhos dela), tbm no marido dela, super gente boa eles. Depois fui na pracinha que tem em frente ao condomínio que eles moram.Revi o pessoal todo, conversei bastante,contei um pouco da aventura ( a galera tava acompanhando via orkut,hehehe). Vi Lara, Hebert, Felipe, todo mundo. Deu pra matar um pouquinho a saudade deles!






(Alguns amigos de Fortaleza -CE )







Dia seguinte, eu e Mah fomos pra um show que tava tendo na praça do Ferreira, era Cordel do Fogo Encantado que tocava ( uma das bandas que adoro). Encontrei a Pitttyla,Patrícia,Rebeca,Odylon ( amigos). A Mah saiu de perto um pouco ali da gente e foi trocar idéia com um pessoal meio hippie que tava fazendo malabaris e rodando swing poin. Depois ela me apresentou a eles e fomos dá uma volta pelo Dragão do Mar (Centro Cultural muito fodá) e pelos pub’s tbm. Passamos uns minutos ali e fomos pra casa da guria que a mah conheceu, a Raquel.
Lá,ficamos ouvindo músicas, jogando conversa fora, falando de plano astral,universo paraleo, o povo que mora no apê dela é meio espiritual.
Depois de 2 dias, voltamos em casa.
Também mostrei a mah a praia de Iracema, andamos pela Beira-Mar a tarde, fizemos pulseiras de macramé, jogamos conversa fora, conhecemos pessoas e fomos embora.
Passamos uma semana lá. Depois convidei ela pra conhecer o sertão pernambucano, na terrinha onde nasci. Próximo destino : Salgueiro (PE).


(Mapa da Viagem até aqui...)








XD

Coisas Inusitadas....



(Lual na Praia de Ponta Negra)





Passei a maior parte do tempo conversando com o motorista de caminhão sobre paisagens,sotaques ( ele era do sul) e tipos de comidas. Paramos pra almoçar em um posto.A noite, paramos as 10 hrs em um posto 24 hrs na cidade chamada Pesqueira (PE) pra dormir. Ele ficou no caminhão, eu dormi no banheiro feminino.A mulherzinha da recepção do posto me deu um colchonete e as chaves. Tomei um banho e depois dormi.
As 5 hrs da manhã acordei, fui lá na cabine do caminhão, o cara já estava acordado, tomamos café no posto e seguimos pra Jaboatão dos Guararapes ( PE), ele ia descarregar a carga no porto de SUAPE. Ele me deixou em um posto e pagou uma moto táxi pra me deixar no endereço que ia iria. Agradeci montes a ele, deu um aperto de mão firme, ele pediu que eu tivesse cuidado e me desejou boa sorte. Acenei, subi na moto e fui. Depois de 20 minutos, eu já estava no apê da Kessy. Mah e Léo estavam meio dormindo. Fizemos almoço, passamos a tarde conversando pra tentar se conhecer e depois fomos dá uma volta a noite em Recife.. Rsrsrsrs.
Dia seguinte, fomos numa boate chamada Metrópole, Léo ficou em casa.
Andamos em alguns pontos de Recife, Shopping, Boate,ruas históricas, tudo coisa meio de turista. Ficamos por lá quase 15 dias. Léo seguiu pra João Pessoa (PB) , Natal (RN) e depois voltou em Recife , ficou mais um dia com a gente e ele seguiu viagem rumo a BH por conta da facul. Eu e Mah conversamos e decidimos subir juntas. Fomos pro próximo destino : Natal (RN)

Dia 27/07/09

Estávamos cansadas, passamos a noite na boate dançando e curtindo.Comemos alguma coisa num posto, a tarde ajudamos a Kessy com a mudança dela (ela tava voltando pra cidade natal dela, Itumbiara – GO), e nós arrumamos as mochilas. Pegamos a lotação, demoramos horrores pra chegar na Br. Já era umas 5 hrs e pouco da tarde quando fomos pedir carona. Não demorou muito e logo subimos em um caminhão.
Rodamos a noite. Paramos em um posto 1 hrs da manhã, em Parnamirim (RN),já faltando 8 km pra chegar em Natal. O cara do caminhão armou uma rede da ponta do caminhão vizinho ao do caminhão dele pra eu e Mah dormi. Ele ficou na cabine só.
Pela manhã, tomamos café em um posto, agradecemos ao cara e seguimos caminhando, cantando debaixo de um sol meio quante já.. hehehe, Acho que tava fritando nosso cérebro.. Hehehehe...
Estávamos com o “life super baixo” ( uma mania que eu falava pra dizer que tava cansada, isso até ajudava a gente se animar nas estradas,hehe,pq a gente ria horrores disso...) e a gente , zuando, levantamos o dedo em plena avenida pra tentar chegar mais próximo da casa da guria que ia hospedar a gente. E num foi que um cara num carro pequeno parou?!?! Era um pastor. Foi o caminho todo pregando o evangélio, abençoando a gente e nossas futuras viagens, ¬¬, até que ele simpatizou com a gente, deu dicas de lugares que poderíamos conhecer e deixou a gente dentro do condômino da guria, Ficamos felizes demais, economizamos uma pernadaaaaaaaaaa...
Agradecemos o moço e fomos procurar o apê da guria, Bianca. Toquei a campainha e a guria tava dormindo (tinha passado a noite em uma festa), a amiga dela (com quem ela divide o apê) abriu a porta pra gente, Mah foi tomar banho, eu fiquei conversando com a guria , depois eu fui tbm tomar banho e daí a gente dormiu o resto do dia.
A noite , as amigas da guria foram pra lá e a gente fez batida de vinho, jogamos conversas fora. Dia seguinte, fomos dá uma volta na cidade, conhecemos a Ladeira do Sol, Mercado Publico, Beco da Lama, Forte dos 3 Reis Magos, Praia de Ponta Negra, Morro do Careca e vários outros lugares. Passamos 1 semana lá. Conhecemos também uam amiga da Mah, a Clarisse (que ajudou a legendar junto com mah, um seriado chamado The L Word), por coincidência, a namorada da Cla fazia niver um dia depois do meu, eu dia 31/07 e ela 01/08. Fomos convidadas a um jantar num restaurante muito foda na praia de Ponta Negra. Acabamos comemorando os dois niver, foi muito divertido, fazia tempo que eu num ria tanto quanto naquela noite.


Dia 03/08/09

Numa segunda feira, pela manhã, arrumamos nossas mochilas, tomamos café e Bianca foi deixar a gente num ponto da Br já em direção a Fortaleza (CE), nosso próximo destino, considerava aquela cidade como minha 2º casa. Fomos conversando, eu e mah descemos do carro e ela ficou olhando e acenando pra gente. A Mah foi dá um abraço nela e eu fui em seguida. A gente viaja sem grana e nem temos dificuldades por conta disso. A Bianca foi uma pessoas que nos ajudou pra caraleo, nos deu teto mesmo não tendo tantas condições boas financeiras. Ela nos deu dinheiro, nem eu e nem mah aceitamos. Ela então jogou da janela do carro e pisou fundo pra a gente não alcançar ela. Eu saí gritando na rua , chamado ela de louca ( no bom sentido) e que ela já tinha nos ajudado muito e não precisávamos daquilo. Ficamos sensibilizadas.Sentamos ali um pouco na sombra de uma borracharia e ficamos conversando sobre ela, que ela tava fazendo o mestrado em arquitetura e que tava pra perder a bolsa e que não tinha trampo e nem muito como se sustentar lá. Foi aí que eu tive uma idéia.
Fomos levantar o dedo e plaquinha na br, esse dia foi foda pra carona, pegamos primeiramente com um cara da bocharraria mesmo que a gente estava, percorremos uns 100 km com ele, depois, pegamos carona com um professor de geografia, ele ia falando d relevo, tipo de vegetação, população, tudo sobre o estado do RN, ele nos deixou numa cidade meia esquisita que nem no mapa tava, apenas tinha um posto e um restaurante de um lado da br e do outro, umas casinhas bem de interior mesmo, uns bares e um pessoal assando milho numa churrasqueira. Mah não conhecia esse hábito do pessoal do Nordeste em comer milho assado...
Ficamos ali, debaixo de um sol de meio dia , quente pacas, num lugar super esquisito. Passaram uns carros, e nós lá, levantando dedo, fazendo sinal pra a galera levar a gente...
Até que a gente avista um carro super lindo e prata que ia passando pela gente, logo nós levantamod a plaquinha mas nem tínhamos fé que ele fosse parar pra gente, o carro até parecia uma nave de tão bonito que era. Tinha um cara dirigindo e uma mulher meio q dormindo no banco do passageiro. Ela deu uma olhada rápida pra gente e passaram direto.Ficamos com cara de tacho, ¬¬. Alguns segundo depois eles deram ré, fiquei sem acreditar , ficamos passadas.. o.O’. A mulherzinha chamou a gente. Ela não ia até Fortaleza direto mais ia um bom trecho do caminho, iam pra Mossoró (RN). Fomos conversando, falamos nossos nomes,idades, o que a gente tava fazendo... O cara era do Texas (EUA) e morava no Brasil a uns 10 anos, a mulher era amiga de trabalho dele e era do RJ. Ele nos contou como era a vida nos EUA e sobre as coisas do Texas,rimos horrores.A gente parou pra comer algo num posto.Eles deixaram a gente num ótimo posto em Mossoró e disse que se a gente num conseguisse carona até o anoitecer era pra nós ligarmos pra eles que eles iam se hospedar num hotel (era logo em frente ao lugar que a gente estava) que eles arrumariam um quarto pra a gente tbm. A gente agradeceu muito a eles. Trocamos abraços, a mulherzinha tirou umas notas do bolso e nos deu pra a gente comer algo por aí, guardamos no bolso sem ver quanto era. Eu e mah fomos no banheiro feminino do posto. Ficamos uns minutinhos ali, analisando as caronas do dia que estavam sendo super culturais.
Voltamos pra br levantando plaquinha e dedo. Um carro pequeno meio que veio parando no acostamento, tinha um cara falando ao celular, vimos que a placa era de Fortaleza.Ficamos ali, meio paradas e olhando pro cara.,como quem não quer nada... Até que ele chamou a gente. Conversamos um pouquinho com ele, e nós entramos no carro.. Agora sim, rumo a capital do sol!!!
O cara era japa, falamos de novo nossos nomes, idades, o que a gente tava fazendo.... Ele ficou abismado e se empolgou a falar de viagens, animes....
A noite chegamos na capital. Ele nos deixou no shopping Iguatemi. Pow, eu já estava praticamente em casa. Pegamos busão, fomos trocando idéias e finalmente em casa!
Chegamos na casa de Rute (amiga com quem morei em Fortaleza), tomamos banho, conversamos um pouco sobre como tava sendo a viagem,comemos algo e fomos dormir.

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