Êh Goiânia, Loucura na madrugada e play 2






(Goiânia - GO)







Em Goiânia não fizemos muita coisa não, a maior parte do tempo estávamos jogando vídeo game ou vendo animes... vários animes e muito bons. Estava fazendo muito calor o que contribuía e muito em a gente ficar em casa. Teve uma noite que saímos e fomos bater em um Shopping. Cara, tinha até um colégio lá nesse Shopping, nunca tinha visto isso, a gente ficou brincando numas motinhas bem legais. Demos voltas e mais voltas até que paramos. Tinha dois homens lá fazendo mágica. Ficamos ali observando, se divertindo e depois fizemos amizades com eles... Até nos ensinaram um truque legal de mágica. o.O’. HEHEHE
Uma outra noite fomos passear por algumas ruas. Passamos por uma trilha num bosque bem legal que tinha pista de skate, quadra de basquete e que no fim dela dava num parque antigo e desativado. Passamos por uma ponte que ficava bem em cima de uma das avenidas mais movimentadas de lá. A gente ficava vendo o céu, o movimento dos carros e jogando conversas fora...Contando histórias. A gente tava numa fase meio que num queria festar muito. Também teve outra noite, nossa essa eu me lembro bem. A gente estava conversando sobre comidas regionais, o tio Klê é chef de cozinha e fui contando pra ele os pratos típicos do Nordeste que eu conhecia e mah falou dos pratos do Sul. Aí falei tanto da pamonha (que era uma das coisas que eu mais sentia falta de comer) e do cuscuz. O tio nos levou pra um restaurantezinho que servia pamonha. Meus olhos chega brilharam... Nossa, uma das melhores que comi na minha vida foi ali.
De repente, já em casa e acessando internet, uma guria deixou um recado no orkut de mah, dizendo que era de lá e que queria ver a gente. Meu, dissemos o endereço a ela super rápido, só que ela nem esperou dizer o numero da casa direito e já saiu da internet, pegou um ônibus e veio procurar onde a gente estava. Ficamos abismados e preocupados, ela não parecia morar longe, mas tava demorando demais a chegar. Nessa noite tava tendo festinha na casa do Tio, a família dele tava toda reunida embalados no som de sertanejo, quando, entra uma guria de camisa preta e pergunta se ali era a casa do Klê. Uma das sobrinhas dele veio chamar a gente. Cara, que loucura, a guria ter saído assim do nada de casa pra ver pessoas que ela não conhecia ( olha quem fala o.O’,hihihi ). Realmente nossa vida não é tão normal. Tratamos de sair de lá rapidinho. Fomos à distribuidora de bebidas, pegamos mais um vinho e fomos pra casa dela. A guria se chama Bruna. Fomos todo o trajeto conversando, tentando se conhecer. Ela mora só num apê bem sossegado, tem um gato chamado Zidane, muito fofo, pinta quadros (muito bons) e é estudante de direito. Deixamos rolar uma música (Avril Lavigne das antigas o/) e ficamos jogando baralho, o dorminhoco, como sempre eu perdia. HEHEHE. O Tio Klê preparou uma comidinha bem rápida, strogonoff, e foi nos ensinando a receita. Ficou muito bom!!! Bebemos mais um pouco, tiramos inúmeras fotos e jogamos mais baralho. Foi uma noite bem agradável. Bruna se embriagou e passou mal. Foi tomar banho e apagou. Continuamos lá pra dá assistência caso ela precisasse. A mah colocou uns colchões no chão perto da cama dela pra gente. Lavei a louça toda. Voltamos a jogar mais um pouco. A mah foi descansar e eu e o klê ficamos conversando mais um pouco e ouvindo mais músicas (cada relíquia que a gente achou, até Aqua que toca aquela: I’m a barbie girl...), morremos de rir, muito massa.



Aqua.... momento flashback.. hehehe








Quando estava amanhecendo, eu e ele fomos tirar um cochilo e por volta das 8 da manhã levantamos.
Tomamos um banho rapidão na casa dela. Fizemos algo pra comer, a ajudamos a arrumar a casa e depois nos despedimos dela e fomos embora. Ela é bem gente fina.
Voltando na casa do Tio, eu fui lavar umas roupas, conversei com a mah e decidimos viajar dia seguinte já... Almoçamos. Passamos a tarde jogando God of War e lá pelas 10 da noite zeramos. Bebemos mais uma garrafa de vinho, a Mah ficou bêbada bem rapidinho e foi dormi. HEHHE. Eu e o Klê ainda assistimos alguns episódios de um anime chamado Tsubasa Cronicle. Caímos de sono exaustos, nem conseguia pensar direito na viagem do dia seguinte, eu tava um caco!









(Bruna,Tio klê, eu e mah, hehehe)

A carona mais rápida,perdidas na avenida e o encontro.







(Indo pra Goiânia,hehe)







Depois de descermos do ônibus, eu e Mah caminhamos mais uns 300 metros à frente em direção a um posto policial. Perguntamos ao guardinha qual era mesmo a direção que dava em Goiânia e ele nos explicou direitinho e até disse que ali era um lugar legal pra conseguir carona, os carros diminuíam um pouco a velocidade por medo de multa... HEHEHE...
Atravessamos a rua super rápido, estava quase em horário de pico e passava muitos, muitos carros...
A gente deixou nossas mochilas embaixo de uma árvore lá perto de um carro prata que estava estacionado. Levantamos plaquinha e dedo. O cara que estava no carro prata começou a rir. Eu e Mah perguntamos o que era que ele queria, se tinha algum problema em a gente ficar ali. Ele olhou pra gente rindo e disse:



(o moço) - Não, não é isso não. É que eu tou justamente indo pro lugar que vocês pretendem ir. Hahahaha.
(eu ) – Pow, assim, dá pra você levar a gente?!?!
(o moço) – Claro. É que estou esperando minha irmã que está chegando em outro carro e vou levá-la até a casa de uns parentes nossos que ela não sabe onde é, se vocês puderem esperar um pouco...
(nós) – Claro!


A gente pegou nossas mochilas e colocamos no porta-malas do carro dele. Cara, essa foi a carona mais rápida que já consegui em minha vida. Tava tudo dando certo, até parecia um sinal de que era mesmo pra a gente ir. A irmã do cara chegou. Voltamos a Brasília, passamos uns 20 minutos lá até pegarmos estrada. O cara ia veloz, a gente ia chegar mais rápido do que imaginava. Passamos a maior parte do tempo conversando, contando algumas coisas que já tínhamos feito na viagem...
Depois de duas horas rodando, paramos num restaurante beira de estrada. Ele comprou uns temperos, uns queijos, doces, deu pra gente alguns doces também.
Quando já estávamos chegando à capital, ele nos perguntou aonde mais ou menos iríamos querer descer. Eu disse que no lugar que ele deixasse a gente já estava bom. Ele insistiu e eu disse o endereço de onde a gente iria ficar. Ele foi tentar ver no GPS, depois em passou o aparelho pra eu verificar melhor. Joguei todas as coordenadas que eu tinha anotado na casa do Maycom pela manhã e falei pro motorista, Ele nos deixou numa avenida movimentada, que era mais seguro, e ficava um pouco perto da casa do amigo que a gente ia visitar. Pegamos nossas mochilas, nos despedimos dele, trocamos apertos de mãos e ele nos desejou boa sorte. Agora era totalmente com a gente!
Apontei a direção que íamos e seguimos. Lá é tudo grande, avenidas largas, muita gente andando pelas calçadas. Depois de uns 20 minutos caminhando percebi que já estávamos perto. Passamos em frente a uma lan house que tinha um mapa bem detalhado de Goiânia. Corremos pra verificar. Estávamos a um quarteirão só. Quando chegamos na rua que o Klemerson (Tio Klê) mora, aí veio a dificuldade. As casas não são ordenadas em ordem crescente, os números alternam demais fora o número de lote que nos deixava mais confusas ainda, tipo, a primeira casa da esquina o número era 5 e lote 12, a segunda casa na seqüência desta era 9 e lote 6, já a terceira era número 7 e lote 15, era muito número fora que a avenida era enorme. Percorremos aquela rua por uns 40 minutos e nada de encontrar, fora que a gente perguntava ao pessoal e ninguém sabia dizer onde era... Até que, vencidas pelo cansaço, encostamos as mochilas numa calçada lá pra descansar um pouco. Quando eu fui dá uma olhadinha no número da casa, era a que a gente estava procurando o tempo todo! Pense numa sorte! A Mah chamou o Tio Klê, a mãe dele veio abrir a porta pra gente entrar. Trocamos abraços.A Mah tava com os olhos cheio de água quando o encontrou, ele tinha muita importância na vida dela.Colocamos as mochilas no quarto dele. Fomos tomar banho. Comemos algo e fomos conversar até pra a gente se conhecer melhor. Ela o conheceu, via internet quando estava em Portugal (mais detalhes dessa parte da história leiam aqui), mais naquele momento foi o primeiro contato deles pessoalmente. A noite, fomos passear pelo quarteirão, o tio Klê foi nos contando algumas histórias que ele viveu naquele local, ah, ele é chef de cozinha, muito bom por sinal. Paramos numa distribuidora de bebidas e compramos algumas latinhas de cerveja e uma garrafa de vinho. Ficamos até tarde da noite jogando play 2 e vendo Final Fantasy ( ele é muito fã). Fomos todos dormir exaustos.










(parecíamos eles.. hehehe)

... A maneira como você se move é no momento certo ...

PS- Bem, pessoal, aconteceu uma coisinhaa ruim hoje pela manhã enquanto eu passava alguns arquivos do meu celular para o pc e ele deu pau e acabou sumindo 30% dos meus arquivos, inclusive os textos que eu tinha digitado sobre a viagem e nesse momento nem tou com tanta idéia de como recomeçar a escreve-los... (caso alguém esteja lendo isso aqui,néh..hehehe,fikdik)









(Tempo,mano velho,hehehe)





Não sei se é só comigo ou com mais alguém isso, sempre nas madrugadas me dá uma vontade de escrever sobre um monte de coisa que aconteceu comigo, o que se passou no meu dia...
Acho que o ser humano tem essa necessidade de se comunicar com alguém, de repassar a sua história pra alguém,quer ser lembrado de alguma forma. Esses dias eu tava vendo tv, mais precisamente o canal tv escola, e tava passando uma reportagem sobre Lygia Fagundes Teles (uma ótima escritora) contando a vida e suas obras na literatura brasileira e no fim da matéria exibiram uma entrevista dela em que ela dizia : "- Se fores poeta não me deixes morrer..."
Aquilo ficou martelando na minha cabeça por horas e a partir daí fiquei repensando em tudo o que me aconteceu, desde quando eu consigo me lembrar até esse exato momento...
Teve uma vez, quando eu tinha uns 7 anos de idade, a minha mãe esqueceu de me buscar no colégio. Eu estudava a tarde e saia da escola às 17 hrs.A diretora da escola me levou pra casa dela, que ficava num terreno mais atrás,me deu lanche e ficamos disputando uns joguinhos educacionais que ela tinha.Às 19 :30 mãe foi me buscar. Voltamos pra casa, tomei banho e fui brincar na rua com os vizinhos. No dia seguinte contei a história as minhas amigas e elas até me falaram : "- Nossa, eu teria chorado, achado que ninguém gostava mais de mim..." ou " - Tu não ficou chateada com isso não?" ou " Você não teve medo de nunca mais voltar pra casa?!".
Tá, sei, imaginação de criança é muito fértil porém eu não pensei nada do que elas falaram que pensaria se passassem por isso. Foi aí que comecei a acreditar que tudo tem o seu tempo certo. Era como se algo me preparasse pra uma coisa adiante.
Também teve uma vez , já aos 10 anos, que eu fui numa festa com meus avós no trabalho do meu avô e tinha uma guria, franzina e loira, com quem eu fiz amizade naquela noite. Passamos todo o tempo ali brincando com as crianças menores, meio que monitorando mesmo por pura voluntariedade (nem sei se essa palavra existe o.O').Às dez horas todos foram embora pra suas devidas casas. Passaram-se alguns anos, mais precisamente quando eu tinha 14. Eu nunca mais tinha visto aquela amiguinha daquela festinha até em uam bela tarde de domingo, eu estava disputando um torneio de futsal da cidade que moro, quando eu caí de moto com meu pai, e nesta mesma noite seria a final do torneio.De repente uma guria que ia passando por lá parou pra dá assistencia, me levantou, ajudou o meu pai também a se recompor, e minah perna tava com uma queimadura muito tensa, enorme, e a guria bateu à porta da vizinha pra pedir ajuda, algo pra aliviar a dor na minha perna. Depois de tudo resolvido, a guria olhou pra mim e disse : "- E seu avô , como tá?!"
Eu abri bem os olhos... Era a guria da festinha.
Aquilo foi uma baita de uma surpresa pra mim,tanto tempo sem nem saber mais nada dela, a gente só se viu uma única vez, e olha que a cidade aqui é pequena, e se rever justo nesse dia, e ela me ajudando ainda?! Era muita informação pra minha cabeça...
Acreditem, isso se tornou quase rotina na minha vida... (Lembram do texto que escrevi "I friend in need"?!?! foi um dos exemplos disso!)
Mais uma vez essa questão martela na minha cabeça : "- ... A maneira como você se move é no momento certo."
São coisas assim que não deixa a vida da gente sem graça, porque se tudo fosse baseado no certinho o tempo todo e se todas as pessoas fossem exatamente iguais, seria chatoo!
E mais,fatos como esse só nos mostra que tudo na vida tem volta, que só pelo simples fato de você conversar,conhecer e cativar alguém hoje, você já contribui e muito na vida dela.
Não precisamos fazer algo tão extraordinário para ser lembrado por alguém em algum momento por aí, basta ser apenas você mesmo, o resto a própria vivência faz acontecer.
Quem sabe até essa mesma pessoa que você cativou irá algum dia contar aos filhos e netos o que você já fez na vida dela!










(A estrada é como nossa vida, o amanhecer é cada página virada : by Vanessa Ohara)








(Dica de uma música que eu adoro, é só apertar o play... hehehehe)

... Planalto Central, Área 51 e uma tarde na Asa Sul ...






(Brasília!)







Dia seguinte, acordamos pela manhã, tomamos café e em seguida ficamos um tempinho conversando com a mãe de Maycom e a ajudando também com os preparativos do almoço. A gente foi contanto a ela o que queríamos conhecer em Brasília e ela nos disse que morava ali há tanto tempo e nem tinha ouvido falar da metade das coisas que falamos em visitar. Fiquei pasma, a maioria das pessoas não conhecem a própria cidade (ou nem ao menos já ouviu falar de alguns pontos turísticos que elas têm) e sempre falam que não tem tempo pra nada, sempre estão reclamando de suas vidas. Pow, qualquer final de semana desses já dá pra rodar um bocado. HEHEHE.
Passamos o resto do dia vendo TV, lendo HQ’s e fazendo pulseirinhas. À noite, o Maycom ligou pra Mayra pra ver um lugar onde a gente pudesse se encontrar e combinamos em um Shopping qualquer de lá. Duas amigas dela também iriam. Pegamos ônibus e chegamos no local em 30 minutos.
O Maycom deu a volta pelo Shopping enquanto que eu e Mah ficávamos ali matutando, tentando conhecer o lugar. Lembro de ter avistado uma guria, de longe, vir em nossa direção com um casaco preto, no mesmo instante falei pra Mah:



(eu)-Ali! É ela! Rsrsrs
(mah)- Como vc sabe?Rsrsrs
(eu)- Reconheci pelas pernas... Rsrsrs



Passamos um tempinho rindo e num era mesmo ela que vinha ali caminhando!!
Quando ela chegou próximo à gente eu acabei falando pra ela como eu a tinha reconhecido. Falei que antes de dormi (na hora que ela me passou os mapas) eu tinha vasculhando as fotos dela do orkut e vi uma em que ela tava fazendo pirraça em uma parede que tinha um vaso sanitário grafitado. É,ela sacou na hora e riu horrores... HEHEHE...

Depois de devidamente apresentadas, fomos dá uma volta na cidade no carro de Mayra. Brasília é muito linda à noite, toda iluminada, ruas bastante largas, o povo respeita mesmo o sinal do semáforo e a faixa de pedestre. Único lugar que vi que as pessoas param pra você atravessar a rua na faixa mesmo o sinal estando verde!Conhecemos a galeria do Rock de lá. As duas amigas da Mayra estavam esperando a gente nessa galeria. Passamos um bom tempão conversando ali com elas tomando vodka com Sprite. Eu e Mayra saímos de perto do pessoal e fomos dá uma volta pelo lugar, ela ia me mostrando e falando o que tanto tinha ali. A gente encontrou um bar meio que no subterrâneo e compramos duas latinhas de cerva bem geladas. Um cara pediu a minha ID,¬¬, é, eu não pareço ter a idade que falo ter... ¬¬.Pedimos uma ficha de sinuca. Um outro cara que estava bebendo no balcão pagou outra ficha pra a gente também. Rimos horrores. Estávamos jogando muito mal, a gente só fazia rir. A cada bola encaçapada a gente fazia dancinha pra comemorar. Fomos depois chamar o pessoal pra ficar lá com a gente jogando. Foi muito divertida aquela noite. Por volta de meia noite fomos embora.

Dia seguinte, ajudamos mais uma vez com o almoço, lavei louça. Eu e Mah colocamos algumas roupas pra lavar na máquina. Demos uma volta pelo quarteirão com Maycom pra comprar pão. Durante o dia ficamos vendo TV, fizemos pulseirinhas e jogamos conversa fora. Na época que chegamos lá estava fazendo um calor danado, nem tínhamos tanto ânimo pra sair ao dia e a noite esfriava de vez....
Mais uma vez, à noite, demos uma outra volta pela capital, dessa vez fomos pra um outro Shopping que tinha uma galera bem rocker lá. Gente com moicano de toda altura e cores bem variadas, gente com dreads, de todo tipo. Eu e Mah nos sentíamos em casa vendo gente normal (pro nosso mundo é sim)! Em seguida encontramos as amigas de Mayra (Elaine e Ingrid), que estavam em um fusca branco estacionado lá perto. Elas queriam levar a gente pra conhecer um bar medieval que é bem bacana. Mayra e Maycom foram ver se o lugar tava bom e disseram que num tinha nada de especial por lá, então eles optaram por levar a gente num lugar chamado Área 51. O lugar ficava embaixo de uma boate, a escadaria era preta com detalhes em prata na parede, como se fossem estrelas, a impressão que você tem quando se estar lá é de que você está numa nave espacial, é muito louco a decoração, bem Área 51 mesmo... HEHEHE. Tinha várias mesas de sinuca, todas em pano vermelho combinando com a luz fraca do ambiente e nas paredes tinham enormes quadros de planetas. Foi o bar mais legal que já entrei até agora!










(Só pra vcs terem uma noção de como é lá...)




Nessa noite, Eu e Mah dormimos na casa de Elaine e Ingrid. Pela manhã, elas ligaram pra Mayra e Maycom aparecerem na casa delas pra a gente ir conhecer a Asa Sul e aproveitar pra fazer um churrasco ali na beira do Lago. Levamos o violão de Elaine, cadeiras, petiscos, tudo!
Tivemos uma tarde maravilhosa e ainda tinha umas pessoas lá fazendo roda de viola. Fiquei cabrera (cautelosa em Pernambuquês), ao entrar naquele lago, estava muito frio e tinha muitas pedrinhas pontudas e afiadas,até cortei o dedo... HEHEHE, Andamos também na Ponte JK, enormeeeeeee.... Tiramos fotos bem de cartão postal mesmo lá!
Ao anoitecer, recolhemos todas as coisas e fomos passear a noite. Brasília é a cidade das luzes! Hehehe...
No outro dia, as gurias foram trabalhar e deixaram a gente na rodoviária pra pegar ônibus e voltar pra casa de Maycom. Aproveitamos então pra passear pelos Ministérios e tirar algumas fotos. Fomos ao Disco Voador, na Biblioteca, tava tudo fechado ou em reforma, o único lugar que deixaram a gente entrar foi na Catedral e só podemos andar até a metade dela porque o restante também tava em reforma... ¬¬
Encontramos um hippie lá sentando fazendo brincos e fomos fazer amizade com o cara. Passamos o resto do dia lá com ele fazendo pulseirinhas e jogando conversa fora, ele até indicou umas cidade legais pra a gente conhecer, que os hippies, amigos dele, iriam tratar a gente bem. Depois nos despedimos dele e voltamos à rodoviária pra pegar ônibus. Rodamos uns 40 minutos e chegamos na casa do Maycom. Um amigo dele apareceu lá e a gente ficou conversando com ele um bom tempo. Lá pelas 11 da noite fomos todos dormi.
Às 7 da manhã acordamos. Olhamos na net o próximo roteiro que íamos, vendo rodovias, vendo ruas e anotando tudo. Avisamos ao amigo da Mah que chegaríamos pela tarde. Arrumamos nossas mochilas e esperamos a Mayra chegar pra nos despedimos dela. Demos abraços em todos, tiramos uma foto no ponto de ônibus, Mayra me deu um livro de presente, agradeci muito a ela, adoro ler... HEHEHE.
Em seguida, ela entrou no ônibus com a gente. Fomos conversando horrores, fizemos pulseirinhas, ela acabou comprando uma nossa de lembrança das cores da Itália.... Ela disse que um dia iria visitar lá.HEHEHE...
Quando chegamos no ponto, demos o sinal, acenamos pra Mayra. Seguimos caminhando até um posto policial que ficava a uns 300 metros de onde estávamos. E mais uma vez inicia-se a saga!











(A gente no Lago na Asa Sul)

[...Uma questão para uma viajante ... ]






(Até parece com a Br do Paraná, hehehe)







Saindo um pouco dos contos sobre as viagens e indo pra um período mais atual. Numa noite dessas atrás eu estava conversando com alguns amigos numa ponte que tem próximo a casa onde moro e eles me fizeram a seguinte pergunta : Qual o motivo de viajar por aí? O que isso representa pra você?!
Eu abaixei a cabeça por um momento e em seguida levantei o olhar em direção as estrelas e falei.


(eu) - Tá vendo esse céu?

(amigo) - O que tem ele?

(eu)- O que você sente quando o vê?

(amigo) - Ah, eu sinto uma espécie de liberdade, ele é imenso e cheio de segredos... Por que?

(eu) - Eu sinto a mesma coisa quando estou na estrada, longe da rotina, longe do mundo.Sinto uma liberdade que nem dá pra descrever o que é mas consigo sentir, ali é o teu momento com você mesmo, apenas ouvindo o som da natureza, sentindo o vento tocar teu rosto enquanto você percebe as fagulhas de areia voarem em forma de dança ao teu redor. Eu abro bem os braços como se fossem asas e me imagino flutuando.Eu grito,canto e ninguém me vê.Posso ser o que eu quiser naquele momento...

(amigo)- E quanto aos amigos da net?

(eu) - Você nunca pensou em ver aquela pessoa com quem conversa no monitor, seja amigo recente ou antigo?! Pois bem, eu sim. De certa forma eles fazem parte da minha vida, compartilhamos nossas histórias, alegrias, tristezas.Conseguimos vivenciar coisas reais,como por exemplo, contar uma piada e ter a certeza de que vai arrancar aquele sorriso amarelo daquela pessoa ou contar algo de ruim que aconteceu e sentir que aquela pessoa ficou ali, triste com você e tenta até te animar, te aconselha. Eu apenas quis ter a certeza de que é real e também queria conhecer um pouco da rotina deles, conhecer histórias dantes vividas, cidades novas,lugares variados, aprender e compartilhar o que se aprendeu!





Fez-se uma pequena pausa de alguns minutos...
Um deles olhou o relógio e falou que já passava das duas da manhã, nos despedimos e fomos embora.





[In off - A felicidade só é real quando compartilhada (Christopher McCandless) ]











(Nem preciso comentar... hehehe)

... Apuros, Dois anjos na estrada e Uma luz no fim túnel ...








(De volta a Br...)







Acordamos meio tarde, por volta das 10 hs da manhã. Tomamos banho, comemos algo, nos despedimos do Léo . A Mah tava mandando recado de confirmação pra Mayra avisando que a gente ia chegar de tardezinha em Brasília (DF). Quando a gente já estava saindo, heis que liga uma guria na casa do Léo avisando que uma amiga da Mah ( a Verenah) estava acabando de sair de São Paulo pra encontrar a gente numa Br qualquer porque ela queria ir com a gente. A Mah ficou pasma e pediu pra avisar a essa amiga dela de Sampa que num daria certo, que a gente já estava quase na BR . Tivemos um contratempo meio louco logo no começo do dia, fiquei pasma pensando se mais alguma coisa iria dar errado....
Finalmente, pegamos um ônibus, chegamos na Br. Caminhamos horrores, muito mesmo, debaixo de um sol escaldante. A gente acenou pra um cara num carro pequeno que ia passando próximo a gente e pedimos pra que ele nos deixássemos um pouco mais adiante porque ali era péssimo, num tinha nada. Ele então concordou e levou a gente há uns 3 ou 4 km a frente. Paramos em um posto, agradecemos ao cara. Ficamos lá um tempinho, fomos ao banheiro, bebemos água, comi um bolo num restaurantezinho que tinha ali e mah ficou fazendo pulseirinha e tomando café.
Ela falou com um cara lá, pra saber onde ele ia e ele disse que estava esperando confirmação de carga pra levar pra Brasília. Pow, pensamos, carona direto, muito massa!
Aguardamos o cara, ele nos acenou e a gente foi com ele pra carregar o caminhão (era carga de ferro). Voltamos a BH, esperamos.... esperamos... esperamos.... Já estava começando a escurecer quando entramos de novo no caminhão pra seguir viagem...
O motorista quis cortar caminho pra chegar mais adiante na Br e a gente acabou se perdendo, saindo muito fora da rota,indo pra algum lugar que nem no mapa estava.... Comecei a me preocupar e a Mah tbm... Já umas 7 da noite quando a gente passou por uma ponte super esquisita e ela meio que cedeu um pouquinho por causa do peso do carregamento... Ficamos nervosas. No meio da ladeira o caminhão faltou óleo e perdeu força e freio... Começou a dá ré e o cara tratou de dá um jeito de jogar o caminhão num barranco pra ele parar se não iríamos pra ponte e aí já nem queria pensar no que podia acontecer... Cara nunca tinha passado um perrengue tão doido que nem esse, o lugar era esquisito, só tinha arvore seca,um barranco e uma ponte mais atrás que por baixo passava um córrego... e pior, mal passava carro ali... Só passava coisa ruim na minha cabeça.











(Mapa da viagem até aqui!)







Eu e Mah estávamos sim com medo, eu nunca tinha visto ela agitada daquela forma, eu tentava não demonstrar muito o que sentia pra não pior a situação, mais por dentro tava me roendo...
Um cara numa caçamba passou por nós, parou. O motorista do caminhão que estávamos comprou óleo a ele e depois consertou o caminhão... Por volta das 8 e pouco da noite saímos dali. O cara parou num posto pra abastecer e ainda por cima queria tomar conhaque. Falei com a Mah que com ele eu não seguiria não, eu preferia dormi naquele posto que a gente tava do que seguir diretamente com ele e até perder a vida! Ela então concordou comigo e foi buscar nossas mochilas no caminhão enquanto eu dava uma volta pelo lugar, ver banheiro, ver se era seguro.
O motorista foi embora, meio com raiva, e ficamos no posto. Estava passando jogo do Brasil numa tv lá, pedimos café e ficamos assistindo um pouquinho.
Lá tinha sinuca, totó (pebolim).... Fiz uma bolinha de papel que achei no chão e começamos a disputar no pebolim...
Uns caras ficavam olhando pra gente e dois deles se aproximou. Fizemos amizade com eles e eles pagaram uma rodada de ficha pra nós 4 disputar em duplas, eu e um cara, mah e o outro. Eu e o cara ganhamos.. HEHEHE..
Depois eles perguntaram se tínhamos lugar pra dormir, se a gente já tinha comido algo, se a gente queria tomar banho.
O cara que jogou comigo foi num hotel que tinha vizinho a esse posto e falou com a recepcionista pra a gente tomar banho.Ela deixou. Trocamos de roupas e voltamos pro posto, dessa vez jogamos sinuca e tomamos coca cola. A dupla que eu tava jogando perdeu... ¬¬ HEHEHE
Por volta das 11 hrs da noite, um deles chamou a gente pra dormi no caminhão, pra a gente não ficar no relento porque ali costumava fazer frio de madrugada. A gente foi.Ele armou uma rede dentro do caminhão e dormiu lá, eu e Mah dormimos embaixo,nos bancos. Às 5 hrs da manhã o cara nos acordou. Pegamos nossas mochilas, nos despedimos do cara, agradecemos a ele. Esperamos clarear mais o dia (ainda estava escuro e frio). Tomamos café, comemos pão e quando estávamos indo pra estrada levantar dedo e plaquinha, um louco lá veio falar com a gente, dizendo que ali era difícil pegar carona, que era melhor a gente ir um pouco mais a frente num outro posto que ficava a uns 500 m de onde estávamos e se caso a gente num conseguisse sair dali até o meio dia era pra a gente pedir almoço ao cara do posto que ele dava. MEU, é cada doido que aparece na estrada, sei que ele estava tentando nos ajudar mais estava era piorando as coisas..... Fiquei angustiada, queria sair logo dali....
Ficamos no outro posto levantando dedo e nada.. nada mesmo... Os carros passavam super rápidos. Tava tudo dando errado quando um cara num carro pequeno branco ia passando devagar rente a gente. A gente gritou pra ele nos levar num trevo ou mais a frente em algum lugar melhor. Ele parou o carro e a gente entrou. Ele ia num trevo mais a frente que ficava a uns 45 km de onde estava (era o mais próximo pra vocês terem idéia do sufoco da gente!!!). Conversa vai, conversa vem e ele decidiu nos levar uns 120 km adiante. Passamos num trecho que tinha uma estrada de terra. Ele entrou nesse trecho com a gente. Cara, comecei a ficar aperriada, era só o que faltava, dá tudo errado de novo... Quando.......... Avistamos uma casa bem bonita toda de madeira rústica, era um restaurante fazenda. Nossa, que lindo lá, tinha laguinho, um monte de ganso, de pássaro, de galinha esquisita. O cara pagou café pra gente, eles tiravam o leite da vaca ali na tua frente pra você beber... Muito simpático lá! Tiramos fotos sentadas numa espécie de carroça, a Mah pegou uma pena de uma galinha esquisita e chamou-a de Pena-Punk!Rimos horrores...
Depois a gente seguiu viagem, ele parou num posto, abasteceu o carro, passamos em cima da ponte que passava o rio São Francisco. Tirei foto! Muito lindo!
Por volta das 2 da tarde, ele nos deixou numa lombada na entrada da cidade que ele ia ficar. Agradecemos a ele, nossa, muito gente boa!
Fomos ao banheiro de um restaurante que tinha em frente. Ficamos uns 10 minutos matutando sentadas numa calçada embaixo de uma sombra de uma árvore...
Voltamos pra Br pra levantar o dedo e um cara num caminhão cegonha parou. Falamos com ele e ele ia direto pra Brasília. Dessa vez a gente estava tranqüila, o cara passava confiança. Rodamos algumas horas e ele parou num posto pra a gente comer algo e seguir viagem depois.
Por volta das 10 hrs da noite A gente chegou em Brasília. Ele nos deu 10 reais pra a gente pegar ônibus,agradecemos,nos despedimos, ele nos desejou boa sorte e seguiu sua rota.

É, estávamos na capital do Brasilllllllllllllllllllllllllll!!!
A gente sentiu uma felicidade imensa de ter finalmente chegado bem!Passamos sufoco mais deu tudo certo. A mah começou a cantar o Hino Nacional, eu me acabei de rir e acompanhei-a na cantoria...
Liguei pra Mayra e pro Maycom pra avisar que já tínhamos chegado. Eles estavam super preocupados porque a gente num tinha dado noticias... Nem tivemos como..¬¬
Caminhamos um tempinho ainda, pedimos informação num posto rodoviário até que a gente conseguiu pegar um ônibus e descer na parada que o Maycom tinha indicado. Fiquei espantada com o preço da passagem de ônibus, lá é muito caro!
Descemos na parada, encontramos o Maycom. Ele nos levou pra uma quadra de futsal que tem perto da casa dele, ficamos matando um tempinho lá pra se conhecer melhor (a gente nunca tinha visto o cara, num sabia nada sobre ele... era um total desconhecido assim como a Mayra).
Depois de uns 20 minutos fomos pra casa dele. Comemos algo, conhecemos toda a família. Ele ligou pra Mayra, combinou de a gente se encontrar na noite seguinte e ela topou. Tomamos banho e fomos dormi.











(Sensação boa de liberdade e realização de algo na vida...hehehe)

A cidade mágica, festa da Parada e perdidas em BH!







(Vah e Léo)






Em Ouro Preto chegamos com fome.Entramos num boteco amarelo e a Larêssa pediu pra gente pão de queijo e refrigerante ( era a única com grana entre a gente). Depois , fomos passear por entre aquelas ruas. Conhecemos um hippie chileno. Ele levou a gente pra ver uma exposição de arte e cinema de graça. O dia já tinha ido embora, já estava começando a esfriar o clima e a gente apenas perambulando nas ruas, rindo do povo, rindo com o povo.... Já tínhamos bebido muita cerveja e vinho. A Larêssa saiu com o hippie pra um bar e eu e Léo fomos passear , ora correndo de mãos dadas, ora tirando onda com umas japonesas cumprimentando-as em japonês. Acho que já passava das 9 horas da noite, ia passando perto da gente uma guria de calça xadrez, cabelo curto meio cacheado, toda estilosa. Eu e Larêssa olhamos pra ela e até falamos juntas “ que massa essa guria, adorei a calça dela!”..HEHEHE... E do nada o Léo olha pra ela e grita “ Raíssa!”. (e num eh que o Léo conhecia ela).Ela veio caminhando em nossa direção pra falar com ele. Nos cumprimentamos, ele falou pra ela que a gente num tinha lugar pra ficar nem nada, que íamos dormi na rua mesmo aí ela disse que tava ali na casa de um amigo (conhecido como Tayóba), ela ligou pra ele e ele deixou a gente ficar na casa dele! Nossa! Que sorte a nossa porque naquela noite estava fazendo muito frio....
Fomos os 4 deixar as mochilas na casa do guri que ia hospedar a gente, era bem grande, parecia uma república meio que em estilo americana com sótão e tudo o mais. Ficamos no sótão, tinha 4 camas e mais uns 2 colchões, a Raíssa ia dormir lá também com a gente. Dia seguinte, logo pela manhã, acordamos, tomamos banho e fomos atrás de algo pra comer na cidade. Paramos num boteco que a Rah tinha comprado sanduíche natural e compramos 3 latinhas de cervejas e 3 pães de queijo. Ficamos ali sentados no meio da praça da Liberdade em cima de algum monumento e encontramos o nosso amigo Francês lá.







(Léo, eu, Larêssa e o Francês)








Ele estava hospedado numa república. Tiramos inúmeras fotos, demos mais voltas na cidade ( eu já tava morta de cansada, oh lugar pra ter ladeira, era muita subida e descida), compramos mais garrafas de vinho e fomos pra concentração da Parada já daquele jeito. O Leo estava filmando uns guri da escola de samba que estavam tocando lá e a gente só pulando carnaval, se divertindo. A Larêssa se distraiu e acabou caindo num buraco, arranhando a perna só, nada grave, fui com ela em num boteco ali próximo pra ela limpar a perna e o Léo e a Raíssa ficaram esperando a gente voltar. Aproveitamos e compramos mais duas cervas e pão de queijo. Tinha umas gurias na esquina e a gente passou tirando onda delas imitando sotaque espanhol. Voltamos pra onde a galera estava esperando a gente e a Parada seguiu em frente rumo ao centro da cidade. A banda dos guris na frente e o resto do povo atrás dançando,pulando, agitando a bandeira gay. Começou a cair uma chuva muito forte. O povo se dispersou por uns instantes, mas logo em seguida caíram na farra também. Logo mais a noite o povo chegou no centro onde tinha um palco montado pra ter mais festa pro pessoal. Eu e Raíssa saímos dali pra comprar vinho e pão com mortadela. Passamos um bom tempo longe do pessoal, longe do tumulto, apenas conversando. Ela acabou se abrindo comigo, falando da vida dela e eu falando a ela da minha. Falamos de amores não tão antigos, relacionamentos a pouco desfeitos... Meio que nos encontramos na dor...
Já estávamos meio pra láaa de tanto vinho e voltamos pra festa com a intenção de se divertir mesmo, aproveitar ao máximo. Eu num tinha vindo de tão longe pra ficar ali triste pelos cantos por causa de uma pessoa e nem ela também... Encontramos o Léo e a Larêssa. Nossa , eles já tinham bebido horrores, estavam mais alegres que a gente junta. A gente dançou, se divertiu horrores .... Conhecemos várias pessoas, ficamos com várias pessoas... A Raíssa deu idéia de ir numa boate chamada Bar’ Rabaz , mais a gente não tinha grana, acabou que ninguém foi. Lá pelas 4 da manhã, eu fui com a Raíssa deixar uma amiga dela na parada de ônibus porque ela iria voltar pra casa dela (que é na cidade vizinha).Me despedi do povo e como a parada era meio perto da casa do Tayóba, na volta eu acabei ficando por lá mesmo. Eu estava um caco. A galera ficou na festa até amanhecer...


Por volta das 8 horas da manhã, a gente é acordado ao som de uma banda marcial que ia percorrendo as ruas, era dia 7 de setembro, dia da Independência!
Tomamos banho, pegamos as nossas mochilas, não tinha ninguém em casa além de nós 4. Escrevemos um bilhete pro Tayóba, agradecendo pela hospitalidade e desejamos boa sorte pra ele e tudo o mais de bom e saímos da casa, deixamos a chave em local estratégico que o Léo tinha combinado com ele quando eles chegaram de manhãzinha.
Caminhamos horrores pra tentar uma carona de volta a Belo Horizonte, a Rah ia pra uma cidade chamada Mariana. Estávamos caminhando em sentido errado rumo a Mariana e não BH. A Raíssa conseguiu uma carona pra casa dela, nos despedimos e voltamos todo o percurso para o lado certo que dava em BH. Já era meio dia e ainda não tínhamos saído de Ouro Preto. Ficamos os 3 parados perto de uma lombada quase na saída da cidade e levantamos o dedo e plaquinha. Um cara num carro pequeno e vermelho parou pra gente. A esposa dela pôs as malas deles no porta-malas pra ter espaço pra a gente ir. Fomos conversando, descobri que a esposa dele também é pernambucana (de Petrolina) e que já esteve na cidade que eu moro a passeio (Salgueiro)....
Eles tinham muito bom gosto pra música, no rádio tocava MPB, rock leve e algumas músicas antigas.... Nós 3 acabamos cochilando,o cansaço tinha nos vencido por um instante...

Chegamos no trevo do Alphaville, o cara parou o carro pra a gente descer, a esposa dele ficou surpresa pela a história de nós 3 e enquanto a gente caminhava se despedindo dela, ela ia tirando fotos da gente até não nos ver mais...
Seguimos caminhando pra a parada de ônibus mais próxima.... Depois de uns 40 minutos rodando descemos no shopping Del Rey, demos uma volta nele, tomamos água e fomos caminhando até a casa do Léo ( chegamos lá em 20 minutos) . Batemos à porta e a Mah veio abrir, ela tava em estado de destruição emocional... HEHEHE... Passou apuros enquanto estivemos fora e ela ficou só... Não tinha gás pra ela fazer comida, teve que aprender a acender uma churrasqueira pra fazer arroz pra comer, tudo via youtube, sério... sem onda... hsuahsuahsauhsa
Rimos horrores dela contando isso, fora a fumaça que deu na casaaa... HEHEHEHEHE
Enfim.. passamos o resto do dia em casa descansando e contando a ela como tinha sido em Ouro Preto. A noite eu e Mah fomos deixar a Larêssa na rodoviária. Ela ainda comprou uma de nossas pulseirinhas pra nos ajudar de alguma forma e a gente trocou abraços... Depois que o ônibus dela partiu, a gente voltou pra casa do Léo e dormimos...
De manhã, o Léo deixou grana pra a gente comprar gás, pão e outras coisas pra comer.. Aproveitamos pra comprar frutas também...Seguimos (sem o mapa) em direção a rua que ficava mais acima, viramos a direita e depois a esquerda e subimos em sentido reto, já tínhamos gravado o caminho de volta na cabeça, apesar de a gente ir conversando muito, rindo muito e até apostando corrida... Na volta quando descemos em sentido reto, viramos a direita e quando chegamos perto do ponto (que viraríamos a esquerda) esquecemos em qual rua entrar... Pior... ali era simplesmente tinha ruas que dava pra tudo quanto é lado e as casas das esquinas todas iguais...¬¬
Ohhhhh merda! Nos perdemos... Tentamos fazer o caminho de volta indo até a metade da rua que dava pro mercadinho que a gente comprou as coisas... e quem disse que a gente lembrava??! Deu um branco na gente muito louco...
Então já que estávamos mesmo perdida e cheia de sacolas na mão e o sol tava começando a esquentar mais ainda, optamos por seguir em frente e sai perguntando ao ponto onde era a rua Lunardi ( próximo a casa de Léo) que chegando lá a gente com certeza iria encontrar a casa. O povo também nem sabia onde que ficava essa rua, eles conhecem mais por pontos de referencias ou por apelidos... Pronto.. nem a própria população que morava ali sabia nos dizer onde era, pensamos,, o mundo caiu... o.O’
Optamos por andar mais um bocado até a avenida principal, daí continuamos nela até conseguir encontrar a rua que era entrada pra casa dele...
Depois de quase uma hora perdidas finalmente chegamos em casa...
Tomamos banho, fizemos almoço. O Léo chegou e contamos o acontecido a ele, ele se acabou em risos... Passamos a tarde vendo filme e anime no pc. A Mah queria conhecer Brasília, e eu estava esperando uma resposta de uma amiga de lá pra a gente ir logo no dia seguinte, só que depois ela me falou que tinha um monte de parentes na casa dela e que não dava... Enfimjá a noite, mah foi tentar descolar um teto com alguém na net e aí uma guria disse que tinha um amigo que poderia nos hospedar por 3 dias.. Uai, sem problemas, e mah pegou o endereço dela, só que o nome da rua que a guria deu era diferente do que dizia no google maps e a gente se confundiu toda, mah já tava cansada e foi cochilar e eu fiquei ali, mais um tempinho, tentando encontrar a rua com a guria me explicando via orkut. Ela (Mayra) disse que tinha feito um mapa e mandou pro meu e-mail...
Quando eu abrir o e-mail e vi o mapa, eu num sabia se ria ou se chorava, ela simplesmente mandou 3, um circulando bem grande a cidade, um com uma seta mostrando o bairro e outro com uma seta enorme rosa mostrando a casa dele fora que falou que se a gente chegasse meio tarde era pra a gente ligar pro guri (Maycom) pra a gente marcar um lugar melhor pra ele buscar a gente porque o bairro era muito perigoso.. ainda mais de madrugada... Eu chamei mah... A gente se acabou de rir e ao mesmo tempo ficamos com medo, pasmas... sente só:








(mapa 1)










(mapa 2)









(mapa 3)





Pois é, a primeira coisa que falei pra mah foi :
(eu) - Acho que ela pensa que a gente voa...
(mah) – Mulher vamo no nosso jatinho particular... (gargalhadas)
(eu) - E o que é BSB?
(mah) – Num faço a mínima idéia...
(eu) – ah, só pode ser Back Street Boys... ( mais risadas e medooo)











(é a gente quase ficou assim quando vimos o mapaa!)










A gente num riu de má intenção, é que estava complicado daquela forma...
Fiquei um tempão na net sozinha verificando aquele mapa até que encontrei o nome certo da rua,e a partir daí, pude fazer um roteiro, escrevi bem certinho, todos os pontos de referencia possíveis e os possíveis ônibus que pegaríamos até chegar no local indicado, fora que eu também anotei os telefones deles...
Dormi muito cansada ansiosa para que amanhecesse logo!

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