Continuação da estada em Sampa....







(Só uma representação que lembra um pouco a casa de Legs,muita música e festa!!)










Dia seguinte levantamos cedo e fomos tomar banho e café como de costume. Mah ligou o note do Marcelo e viu que uma guria tinha mandado o endereço dela pra gente (via orkut) para passar uns dias com ela. Mah anotou tudo direitinho e perguntou o que eu achava de chegar por lá uns dias. Por mim tudo bem -respondi . Confirmamos e na mesma noite pegamos nossas mochilas já prontas, agradecemos ao Marcelo por nos ter hospedado por lá e seguimos caminho pra uma outra parte de Sampa!
Pegamos ônibus dessa vez e íamos mais que atentas olhando, tentando ver (e ler) as plaquinhas nos postes com os nomes das ruas pra a gente não se perder. Fui mais pra perto do motorista e pedi que assim que a gente chegasse o mais próximo possível do endereço da guria, ele nos avisasse para a gente não perder o ponto! O motorista fez que sim com a cabeça e no ponto indicado ele nos chamou.
Caminhamos um pouco por ali procurando o número da casa, estava meio escuro, a rua parecia não muito segura e ficávamos alertas a cada movimento que captávamos a nossa volta. Depois de uns 20 minutos descendo e subindo a rua finalmente tínhamos encontrado o endereço, já se passava das 11 da noite.
Nos cumprimentamos e tudo o mais, entramos na casa e a guria, Legs, nos levou pra um quarto onde pudéssemos deixar nossas coisas e pra a gente dormi também. Tomamos banho e ficamos conversando um pouco com ela e sua namorada, Kaká. Depois de um tempinho, capotamos no colchão, muito cansaço!
Ah! Dia seguinte tinha chegado um pessoal por lá muito gente boa. Passamos uma boa parte do tempo papeando até que eles decidiram comprar bebida e tira gosto. Fui com uma guria até um posto de gasolina próximo e ver o que a gente arranjava por lá. Levamos uma caixa de cerva e alguns salgadinhos pra acompanhar! Na volta mais conversa, contando ao pessoal algumas ‘aventuras’ da viagem ao som de muita música. Tinha um cara lá na casa que aparentava ter uns 40 e poucos anos. Esse era maestro de orquestra e comecei a papear com ele. A gente passou um tempão jogando conversa fora sobre música, bebendo umas cervas enquanto que o pessoal estava na parte do subsolo, que era onde ficavam os quartos e a sala e o som!
Na casa da Legs passamos a maior parte do tempo vendo seriados na tv, Two and a Half Man entre outros, a estada foi tranquila como numa casa normal. Ficamos por lá acho que por volta de 3 dias e decidimos então levantar acampamento. Já estávamos a muito fora de casa, eu estava quase chegando à metade da viagem e a Mah tava voltando. Olhamos bem no mapa as rotas para irmos pra casa e concordamos que da casa do Marcelo seria mais fácil e perto. Ligamos pra ele pra perguntar se podíamos passar o final de semana por lá e ele concordou.
Esse dia foi tenso. A gente saiu por volta de 1 da tarde pro ponto de ônibus lá perto, jah tínhamos anotado direitinho qual bus que a gente pegava e o mapinha de volta pra não nos perdermos. Estava a gente lá morrendo de medo na parada sozinhas quando o bus chegou, demos sinal com a mão e perguntamos pro motorista se ele passava no ponto que a gente queria ir, ele falou que não que onde estávamos era perigoso e a melhor parada era uma que ficava mais abaixo da rua, ele nos deixou entrar pela porta da frente e nos deixou na outra parada, cerca de 300 a 500 m mais a frente. Pegamos o que o motorista tinha nos indicado e fomos pro terminal certo, caminhamos mais 13 quarteirões até chegar à casa do Marcelo. Deixamos nossas mochilas lá, tomamos banho e saímos pro basquete. Me despedi deles lá e fui pra um evento que eu queria ir a tempos, o Zombie Walk (caminhada zumbi). Como já tinha pego o endereço da concentração do pessoal na internet na casa da Legs, me dirigir ao metrô mais próximo, cerca de 5 quadras a frente e peguei o metrô. Desci no centro e fui andando procurando vestígio de alguém a caráter. Logo encontrei um pessoal bem zumbi, maquiagem extravagante e tão realista que parecia que eu tinha invadido um set de filmagem de algum filme sobre mortos-vivos, era assustador e ao mesmo tempo fantástico. Fui acompanhando o movimento até o ultimo ponto, já se passava das 5 da tarde. Parei por ali um pouco perto de um viaduto onde estava acontecendo alguns eventos isolados interessantes. Tinha um grupo de artistas circenses fazendo malabares pra um publico de um lado, tinha uma guria que ligava uma música qualquer e ela fazia uma dança e se comunicava com os passantes em libras, parecia uma atriz. Fiquei observando cada grupo na tentativa de aproveitar o máximo possível...
Depois andei em direção ao caminho de volta, sempre em direção reta até ver onde eu ia chegar, metrô no centro de Sampa eu não sabia onde que tinha, eu só sabia que tinha que entrar num e chegar depois no das Clínicas, de lá eu sabia voltar numa boa. Andei alguns quarteirões (já estava escurecendo) e finalmente dei de cara com um metrô, pedi informação a um cara lá e ele me indicou o caminho, demorou quase meia hora pra chegar à outra estação, sai e fui caminhando a passos largos pra casa do Marcelo, a gente tinha que ajeitar as mochilas, pois íamos levantar acampamento cedinho pra ir em direção a Curitiba.
Lá por volta das 9/10 da noite, eu e mah estávamos assistindo um pouquinho de tv se preparando pra dormi quando o telefone tocou. A mah atendeu e ao longo da conversa ela fazia cara de espanto/surpresa até encerrar a ligação.Era a Veh dizendo que nos levaria de carro diretamente pra Corbélia junto com a Keyse, ficamos de cara sem crer neh. Ela disse que iria nos pegar as 5 da manhã, a gente ficou meio sem acreditar que ela viesse e fomos dormi.
5 hs da manhã, como combinado, a Veh ligou de novo, a gente ficou pasma realmente sem esperar que fosse acontecer mesmo aquilo. Pegamos nossas mochilas, nos despedimos do Marcelo e pegamos o elevador pra ir pro térreo, depois ajeitamos nossas mochilas no carro e fomos buscar a Keyse na casa dela. Passou mais ou menos 1 hora até que finalmente conseguimos sair de Sampa ainda de madruga e na saída da cidade em direção ao sul, o sol nascia e dava mais um bom dia a gente na estrada!






(Bem vindo ao nosso mundo!! Mundo das estradas!! É só dá play e curtir!!

Gente louca, Revendo amigos [parte III], Loucura na madrugada....

Bem, sei que faz muito tempo que não posto nesse blog, tive vários motivos. Um deles foi começar a trabalhar, a reorganizar a vida depois de um logo tempo fora de casa.
Reorganizar a vida não é tão fácil como se parece mas consegui sim, é você levantar a cabeça e começar um novo ciclo, adquirir novas experiencias. É você terminar um livro e começar a escrever outro : isso eu faço agora!
Este post é muito extenso e vou dividir em duas partes porque aconteceram muitas coisas nessa estadia em Sampa. Começo do fim para uma, quase metade do caminho para outra!Espero que vocês curtam essa nova parte! VLWS!










(semi despedida =/)

*-*










Pela manhã acordamos, escovamos os dentes, fizemos um lanche e fomos ver um pouco de tv, estávamos só em casa. Faltava um pouco mais de uma semana para o mês de outubro de 2009 acabar. O Marcelo tinha ido trabalhar e só chegava por volta das 5, 6 da tarde ou um pouco mais tarde, dependendo do trânsito, muito complicado!
Depois a Mah foi preparar o almoço enquanto que eu fui varrer o apartamento, lavar algumas roupas, e logo após voltei pra sala pra ver mais TV, tava passando filmes ótimos, Cine Cult, hehehe! Almoçamos, a comida tava muito boa, Mah tava se superando na cozinha, fez um strogonoff daqueles... A louça tinha ficado por minha conta, coisa que eu sempre gostava de fazer era lavar louça e ouvir musicas pelo fone de ouvido do celular, eu viajava, relaxava, parecia que tava em outro planeta.
Por volta das 3 da tarde uma amiga da Mah foi nos visitar. Ela veio com mais 2 gurias, a Keise e a Vanessa (Bare) e ela, a Veh. A Mah conheceu a Veh e a Keise quando estava viajando com o Léo (caroneiro de Minas Gerais) subindo a Sampa e depois eles seguiram viagem pelo litoral até me encontrar em Recife (casa da Kessy, falei disso no primeiro post) e agora como estávamos descendo pro Paraná, era quase inevitável não passar por SP e ela não rever as amigas. Ela nos apresentou, ficamos conversando um pouco pra tentar se conhecer ali na sala, depois fizemos um lanche, pipoca e vimos mais tv. Não demoraram muito e foram embora, tava ficando tarde pra elas mas a Veh nos disse que nos visitaria novamente na manhã seguinte. Nos despedimos ali mesmo na porta do apartamento. Pouco tempo depois tomamos banho e o Marcelo chegou. Ele também tomou banho, fez um lanche e nos chamou pra jogar basquete numa pracinha que tem um pouco perto da casa dele. O Marcelo pegou a bola de basquete e descemos até o estacionamento. Fomos passeando ao som de Dresden Dolls, muito bom por sinal, recomendo!
Chegando lá, nossa tava começando a ficar frio o clima. Tinha uma quadra onde um pessoal tava jogando basquete e uns guris ali pelo cantinho jogando futsal, tinha uma rampa d skate estilo street e um monte de gente lá também fazendo manobras, tinha uma espécie de academia das cidades e um monte de senhor e senhora se alongando, se exercitando, uns banquinhos de pracinha mesmo e algumas árvores no lugar.
Fomos pra quadra se alongar e ficar dando enterradas na cesta. Tentei jogar um pouco de basquete mais sou muito ruim, eu mal tinha forças pra arremessar a bola e a minha estatura não ajudava em nada. A Mah tentou me ensinar uns truques mas não deu tanto certo mesmo assim, acabamos montando dois times com um pessoal que estava lá antes da gente pra disputar um pouco, fiquei no time contra o Marcelo e ela. Cara, era muito ruim pra mim, eu fiquei marcando Mah só que ela é alta. Depois de terminar a partida, eu acabei saindo do jogo e fiquei ali perambulando observando o pessoal do skate. Tinha uns ali que fazia umas manobras bem massa mas quase não se tinha meninas praticando. Depois de um tempinho, fiquei ali com os velhinhos me exercitando, me alongando com o intuito de suar, me aquecer, estava esfriando cada vez mais que os minutos se seguiam. Fiquei até trocando idéias com um senhor que tava numa espécie de esteira como se tivesse correndo, ele de um lado e eu no outro. Ele tava falando que deveria ter começado a cuidar da saúde quando tinha minha idade, porque deixou o tempo passar, se preocupou tanto em trabalho e tudo o mais que esqueceu do resto. Eu concordei e passei a ficar só observando ele falar e contar um pouco de sua vida passada. Aquele senhor não tardou muito e foi embora. Saí dali e fui me sentar num banco próximo a esses equipamentos da academia das cidades. Observei um casal que estava sentado no outro banco mais a frente, a menina tocava violão enquanto que o guri só a observava e sorria. Achei bonito aquilo. Olhei pra quadra que ficava em frente aonde eu tava sentada e vi que o pessoal lá tava só bricando mesmo com a bola, um jogando pro outro enterrar. Levantei-me e fui pra perto deles. Já estava ficando tarde e mais frio, decidimos ir embora. Na volta pra casa passamos por algumas avenidas e o Marcelo foi nos contando um pouco sobre elas e algumas histórias que ele passou por ali por perto. Chegamos em casa, tomamos banho, comemos um lanche, ligamos a TV, tava passando um comercial de um seriado, GLEE, que ia estrear daqui a 3 dias e nele passou uma música que eu gostava muito,Don’t stop Believin’. Fiquei com muita vontade de ver só mais por causa da música, eles tinham feito uma versão mais adolescente dela. Assim oh:





(é só dá play e curtir!!! 0///)



O Marcelo falou de um seriado que tinha estreado a uns dias atrás, do mesmo diretor de Lost, e que ele tava achando muito boa a história, se chama Flash Foward. Decidimos ver os capitulos que ele tinha baixado no notebook. Ele pegou um cabo e conectou o note na TV pra a gente ver melhor.

Os dias que estivemos no Marcelo foram bons, vimos muito filmes, estávamos virando cinéfilas, jogamos video game, recebemos inúmeras visitas da Veh, ela nos levou pra passear bastante por lá pra conhecer um pouco mais da capital. Passamos em frente ao Ibirapuera, andamos pela Vinte e Cinco de Março (ela comprou pra gente alguns rolos de linha encerada, as nossas tava esgotando), perambulamos no bairro da Liberdade (muito show lá, um monte de loja de anime e acessórios, mercado chinês com comidas esquisitas e bebidas fluorescente o.O’), conhecemos a Mocca e a casa dela (a filha dela desenha muito bem e a Veh pinta quadros). Acessamos internet pra manter contato tanto com os próximos que iam nos hospedar como com os nossos parentes, meus pais, os dela, pra eles ficarem mais despreocupados. A viagem pra Mah tava no começo do fim, enquanto ela se aproximava cada vez mais de sua casa, eu me distanciava da minha, e ainda ia me distanciar um pouco mais.

Lembro que uma antiga amiga de Mah ia jogar handball num bairro próximo da gente. Decidimos ir ver um pouco até pra não ficarmos em casa direto de molho na frente da televisão. Levamos uma sacolinha com linhas pra a gente fazer pulseira e também nosso cano de hippie, ora, vai que alguém no caminho nos pára pra comprar uma?! HEHEHE..
Fomos bem atentas aos ponto de referencia pra a gente não se perder e não esquecer o caminho de volta, qualquer vacilo ali seria um pouco fatal. Caminhamos por volta de uns 50 minutos e chegamos nessa quadra, ficamos ali em frente mesmo jogando conversa fora, a mah tava me contado como tinha conhecido essa amiga dela, que elas jogaram hand juntas quando moraram numa república em Joinville (SC)... Passou um tempinho, essa amiga dela chega dando um pulo, nos assustou, ela correu pra dá um abração em mah e depois a mah nos apresentou. Seguimos pra portaria do local pra pegar pulseirinhas vermelha de identificação pra poder entrar e ver os jogos. O lugar era grandão e tinha um monte de quadras. Quando as meninas do time da amiga de mah começaram a jogar, a gente deu uma saidinha pra ir atrás de água por ali e em seguida voltamos pra ver o restante do jogo. Depois que acabou, nos despedimos das meninas e fomos embora.
Nossa, em sampa ocorreu o momento dos reencontros fora os momentos hilários...
Reencontramos uma guria chamada Dani que tínhamos conhecido quando estávamos em Recife (PE). Até jogamos, em uma noite lá, um pouco de sinuca num boteco que ficava há umas 5 quadras de distancia do apê que a gente tava hospedada e uma amiga da Mah, que por coincidencia, morou em Portugal com ela quando ela viajou pra lá (ver história do diário dela aqui), estava em sampa e bem próximo da gente também. Pow, tudo era perto da casa dele! Até parecia uma espécie de ímã! Muita loucura cara, muita loucura mesmo! Essa guria tinha mandando um recado pro orkut de mah dizendo em qual rua estava e que queria nos ver. Não demorou muito e marcamos de ver a dita cuja, ela disse que tinha uma surpresa pra ela. Mah já tinha me falado um pouco dela numa dessas andanças nossas e da estadia dela lá no outro lado do Atlântico. O nome dela é Juliana e ela tava na casa da namorada dela, a Camila. Olhamos no google maps a distancia, desenhamos um mapinha num pedaço de folha de papel com todos os pontos de referencia pra a gente não se perder. A gente saia mais a tarde que era quando o Marcelo não estava em casa. Chegamos na casa da Camila, era num apartamento muito chic. Estava lá a mãe dela, a juh e alguns amigos e amigas deles. Tinha uns gatos bem fofos e grandes esparramados pelo chão. Trocamos ideias por um tempão sentadas na sala de estar e depois a Juh foi buscar a tal surpresa: era uma garrafa de Vodka Preta, bebida que só tinha por aquelas bandas de Portugal e que elas costumavam a beber de vez em quando. Juh abriu a garrafa e bebemos um pouco, a vodka tinha um gosto de menta e ardia um pouquinho a garganta mas era boa pra tomar pura e bem gelada. Já estava ficando tarde e resolvemos voltar pra casa do Marcelo, rindo e cantando Beatles e depois apostando corrida!

Ah!!! Tivemos a noite da derrota 2, a primeira tinha sido em Natal – RN , HEHEHE!!!
Fomos numa boate chamada Black Bom Bom. A Camila era a promoter da noite e ela nos arranjou cortesia pra entrar. Juh levou uma garrafa de tequila (que tinha um pouco mais da metade pro fim) que ela e a mah beberam antes da gente entrar no lugar. Lá era grande, não tanto quanto a Metrópole (de Recife -PE) mas era bacana, tinha pista pra quem gostava de samba, tinha uns pufs no primeiro andar pra quem queria algo mais reservado como toda boate tem e tinha outra pista pra música eletrônica. Demos uma volta por lá e depois fomos na área de fumantes que ficava fora da boate. Enquanto Mah e Juh fumavam, eu fiquei observando um restaurante que tinha quase em frente da onde estávamos, também o movimento da rua, pessoas. Reparei que tinha uma guria lá meia largada fumando só, aproveitei e fui puxar papo com ela pra não ficar sem fazer nada. Conversamos sobre sampa, músicas, alguns lugares que ela pretendia conhecer (mania de viajante falar de lugares...), cinema até que ela me chamou pra dá uma volta e ir pra pista do eletronico porque ela queria comprar uma cerveja, fui. Não tardou muito, fiquei parada num canto, recostada na parede observando aquelas pessoas dançando, se divertindo, ficando com os outros, me senti vazia, não queria estar ali mas não podia ir embora só. Tentei dançar um pouco mas não conseguia, tava desanimada (ou sóbria demais). Me despedi da guria e fui dá outra volta, encontrei a Mah só, ela disse que Juh tinha passado mal e a Camila tava dando suporte a ela. Parecia que não era só eu que estava desanimada ali. Mah me arrastou pra perto do palco e tentamos dançar juntas, até rimos um pouco e nos esforçamos mas não era o dia. Fomos atrás de Camila pra avisar que íamos embora, já se passava das duas da manhã.
A madrugada de sampa é nostálgica. Seguimos o caminho de volta verificando os pontos de referencia que traçamos num mapinha e na mente. Estava muito escuro, dava um certo calafrio porque a gente olhava pros becos estreitos com receio de surgir alguém dali e nos fazer mal, e se fizesse não teríamos a quem recorrer. Pra distrair dessa tensão, apostamos uma leve corrida até a avenida principal que ficava a uns 10 quarteirões da casa do Marcelo. Íamos o trajeto inteiro conversando, falando de como era a expectativa de voltar pra casa depois de tanto tempo, dos planos futuros... De repente surge uma luz! Tomamos um baita susto! HEHEHE. Sabe quando passa naqueles filmes bem trash de vampiro que quando ele vê uma corda de alho ele foge com muito medo? A gente estava nesse estado de choque. Estávamos bem tranquilas correndo pela calçada dos apartamentos quando do nada uma luz acende bem na nossa cara como se fosse de farol alto de carro, como se o carro estivesse prestes a nos atropelar, só que essa luz era de um estacionamento e acendia através de sensor. Pareciámos uns gatos pulando assustados! HEHEHEHE... Após o sustos e umas batidinhas no peito pra recuperar o fôlego, fomos caminhando normalmente até em casa! O dia tinha sido cheio, capotamos no sofá!









(Estamos indo de volta pra casa!)

... Mais uma vez despedidas , Carona bem informativa e Chegando na cidade de pedra ...






(Chegando em Sampaaaaa )






Acordei bem cedo, ajeitei o resto das coisas na mochila, tomei banho, café...
Eu e Mah fomos com a Thay até o ponto de ônibus que fica em frente ao campus perto da casa dela. Conversamos um pouco com ela enquanto caminhávamos e dissemos que qualquer dia desses a gente voltaria sim. Nosso ônibus chegou, demos abraços na Thay e ela nos desejou boa viagem e muito cuidado. Nós duas seguimos rumo até um terminal e lá pegamos outro buso que nos deixou o mais perto da Br possível. O lugar era tranqüilo, parecia ser de classe media bem baixa e quase num se via pessoas ali. Avistei uma mulher um pouco mais a frente e pedi informação. Ela nos apontou o caminho e seguimos numa trilhazinha um pouco tensa até chegar finalmente na Br. O trecho até lá era uma estradinha de terra que tinha muitos ossos de animais mortos. A gente até zuou dizendo que estávamos num Jurassic Park! Fomos caminhando pelo acostamento até um trevo melhor pra se levantar o dedo, passamos o caminho todo cantando como costumávamos fazer, a Mah puxava uma musica do Beatles, eu fazia a segunda voz!! HEHEHEHE...







(é só clicar no paly e curtir!!!)




Levantei o dedo e Mah a plaquinha com a sigla SP e um caminhão parou. Subimos bem rápido, ainda tínhamos um longo caminho pela frente e quanto mais cedo chegássemos, melhor seria. Esse cara que nos deu carona era bem gente boa, o caminhão dele era um baú de cabine branca. Ele nos deixou numa cidadezinha que ficava a uns 400 km da capital porque ele ia carregar o baú ali, a gente agradeceu muito a ele e ele nos disse que caso passasse por aqui e ainda nos visse pedindo carona, ele nos levaria até onde a gente pretendia chegar. Trocamos aperto de mãos e acenamos pro moço. Seguimos caminhando pelo acostamento até um ponto de ônibus qualquer. Mah estava cansada e se deitou ali mesmo, cochilou, era meio dia isso! Eu fiquei ouvindo musicas no celular, conversando com algumas pessoas que chegava lá e depois saiam. Uma da tarde a acordei, precisávamos seguir pra estrada logo se a gente quisesse chegar cedo. Percebi que tinha um posto logo mais adiante, a mais ou menos uns 500 metros de onde estávamos. Enchemos a nossa garrafinha com água gelada, comi um pedaço de bolo e ela tomou café. A Mah ficou conversando com um cara lá a fim de descolar uma carona, o cara disse que até levaria, mas que só seguiria até a próxima cidade, que ficava a uns 100 km dali. Decidimos deixar o cara pra trás e tentar uma que nos levasse direto. Voltamos pro acostamento, levantamos plaquinha e dedo até que um caminhão cegonha ( aqueles que transporta carros) parou. Tava indo direto pra sampa! Seguimos com esse moço. Durante o percurso, ele ia nos falando que a gente ia passar perto da serra que os Mamonas morreram, que iríamos passar também perto de onde o João Paulo (que fazia dupla com o Daniel) tinha morrido e pelo trópico de Capricórnio. Eu acabei ficando com sono devido ao balanço do caminhão e pedi pra que Mah me acordasse quando estivéssemos para passar pelo trópico que eu queria ver a placa e tirar uma foto (infelizmente passamos muito rápido e nem percebemos mas consegui essa foto em um site pra vocês verem!).










(Trópicoo de Capricórnio - hehehe)





Logo, logo chegamos a Sampa ( nuuss aquela cidade é bastante enorme e cheia de prédios que você avistava a quilômetros de distancia, nunca tinha visto um lugar tão grandioso como aquele), viajar em cegonha sempre é mais rápido já que eles transportam a carga mais leve! O cara nos deixou na marginal Pinheiros. Agradecemos ao cara e ele nos acenou. Chegamos por volta das 5 da tarde, super recorde!!! HEHEHEHE...
Atravessamos a avenida com muito cuidado porque os carros ali passam em alta velocidade. Seguimos por debaixo de um viaduto e pedimos informações pra um pessoal que passava por ali. Um deles nos indicou uma estação de metrô. Seguimos para a tal, pegamos um mapinha do metrô pra a gente se situar melhor e fomos até a estação Piquery, fizemos baldiação (trocar de metrô mas sem pagar outra passagem) e tomamos outro até a estação das Clínicas. Demos sorte, os metrôs estavam vaguinhos...
Caminhamos por volta de 10 quarteirões até chegar à casa do Marcelo, o cara que ia nos hospedar! Entramos no prédio, falamos com o porteiro, ele nos indicou onde era e pegamos o elevador. Marcelo abriu a porta, deu um abraço na Mah e outro em mim, em seguida colocamos nossas mochilas na sala dele encostadas ali num cantinho próximo a sua guitarra, tomamos banho, conversamos um pouco, demos uma volta depois com ele no mercado pra ver algo pra comer, fizemos um lanche bem reforçado. O Marcelo dormiu mais cedo porque ele ia sair às 5 da manhã pra trabalhar, eu e Mah ficamos vendo filmes na TV e depois dormimos num sofá vermelho na sala mesmo.









(The Beatless !!!!... Yeach!)

... Nômades na mesma cidade, Mistura musical e Encontros inusitados na faculdade ...







(Ana e Ohara , Quarto da Ana, Uberlânida - MG)






Dia seguinte, logo pela manhã cedinho acordamos. Fizemos um café reforçado, as gurias tinham ido pra faculdade, só a Ana que não foi. Passamos a tarde conversando, tocando violão e no pc e vendo um pouco de tv. De tardezinha demos uma volta num terminal de ônibus que tem perto da casa dela. Tinha um palquinho montado lá e um violão acústico ligado a uma caixa amplificada. Eu e a Ana zoamos falando que um dia desses seria a gente a tocar ali... HEHEHE. À noite pegamos umas almofadas, uma pasta preta cheia de cifras e dois violões e eu, Mah e Ana, fomos pra um salão que tinha no térreo do prédio que ela mora, ficamos ali conversando e fazendo um som baixinho até as 5 da manhã. Depois subimos pro apê dela e ela e a Mah foram se arrumar pra ir pra faculdade da Ana, eu preferi ficar dormindo mais um pouco, eu tava de tmp e isso me deixa muito cansada, mas eu disse que assim que eu me acordasse iria pra lá. Ana anotou uns números em um papel e me entregou, eu tava com tanto sono que simplesmente o enfiei no bolso do short e tornei a dormi. Levantei por volta das 10 da manhã, tomei um banho, comi algo, tranquei a porta do apê e fui andando em direção a faculdade dela. Caminhei por volta de umas 13 quadras e uma rua enorme até chegar lá. Peguei o papelzinho do bolso e vi que tava escrito algum numero e a letra B, achei que fosse o bloco onde era a sala dela e fui perguntando por ele. Sendo que ao longo do caminho fui percebendo que num existia esse numero que ela me deu, mas o bloco sim. De repente avistei a Ana e uma guria do cabelo laranja sentadas ali no pátio. Pense numa sorte, muita coincidência porque ali não era mesmo o bloco da Ana, simplesmente ela estava descansando um pouco ali, perguntei sobre a Mah e ela me disse que a guria estava tão cansada que acabou dormindo na biblioteca e que depois ela apareceria por aqui. Contei a ela que tinha ido pra lá a pé, ela me chamou de louca e que os números que ela me deu era de um ônibus que eu pegaria pra ir lá. Começou a meio que me dá uma crise de hiperatividade que eu não conseguia me controlar, fiquei falando muito, mexendo nas folhas das árvores, vendo os pássaros. Depois de um tempinho a Mah voltou, fiquei ali conversando com ela num canto mais isolado enquanto a Ana tava do outro lado com a outra guria e em seguida elas acenaram, falaram que iria voltar pra sala. Eu me sentei numa cadeira lá e fiquei fazendo cafuné na Mah como de costume. Sempre que a gente ficava só eu fazia isso. Eu a tratava como uma amiga irmã. Já quando estava escurecendo, uma banda marcial começou a tocar numa quadra por lá, logo me deu uma saudade e me veio à mente a lembrança da época em que eu toquei na banda do colégio que estudava quando fazia o ensino médio. Depois encontramos a Ana , pegamos um ônibus e fomos pra casa dela. Um pouco mais tarde comemos algo, fui pro quarto da Ana e fiquei vendo os desenhos que ela fez em uns cds virgens e que ela pregava no quarto para enfeitar. Ela desenha mto bem por sinal e tbm adora animes e mangás, ah, e também gravamos um video da gente tocando o hino.HEHEHE.




: Taí o link, andei tendo problemas pra fazer o download dele e postar na íntegra =/
ps - é só copiar e colar no navegador..


---> http://www.youtube.com/watch?v=toKqolnE4YI <---





Dia seguinte voltamos à faculdade. Eu e Mah avistamos uma guria baixinha que usava um óculos rayban, digno de uma guria meia caminhoneira , apenas sorrimos e deixamos de lado isso. Em seguida, eu em estado de crise, precisava gastar energia e fiquei dando voltas por lá.Quando voltei pro mesmo local que tinha deixado a Mah, ela simplesmente me disse que a guria do rayban foi falar com ela, que a reconheceu de alguma comunidade de orkut e que disse que se ela precisasse de teto, ela daria por lá tbm, ela agradeceu e disse que qualquer coisa avisava via orkut. Fiquei assim : o.O’. Nesse dia não aconteceu mta coisa a tarde, porém a noite a Mah recebeu um scrap de uma outra guria chamada Verônica (Veh) que queria conhecer a gente e que tocava numa banda de rock e que queria que a gente fosse passar um dia com ela em sua casa. Os pais da Ana estavam pra chegar e não teria espaço no apê pra tanta gente assim, optamos então por aceitar o convite da Veh. Arrumamos nossas mochilas e marcamos de encontrar ela no terminal à tarde, ela e a mãe apareceram num carro, nos despedimos da Ana e seguimos com a Veh pra sua casa. Passamos todo o trajeto falando um pouco de nossas viagens e o de sempre “ ah seus pais num se preocupam?!” *não,são de boa* “Como vcs fazem pra dormir?! *ficamos na casa de amigos*. Confesso que eu já estava começando a ficar sem paciência d sempre contar a mesma historia...









(Mah, Eu e Veh - casa da Veh, Uberlândia - MG)










Ela nos levou pra casa de um moço, um dos integrantes da banda que ela toca, ficamos lá até por volta das 10 da noite. Eu e Mah, felizes ali... Peguei uma guitarra, liguei e comecei a tocar uma musica de Avril Lavigne * até parecia que era nosso hino, HEHEHE* e ela pegou o microfone, ficamos ali zoando mto até dá a hora de a mãe da Veh ir nos buscar. A casa dela era enorme, tinha um muro maior ainda e bem espaçoso, descobri que além de ela tocar guitarra, ainda tinha uma viola sertaneja e um violão comum, gaita, era quase uma música com apenas 16 anos. A Mah tomou banho e depois ficou no pc baixando anime, eu tomei banho e depois fui ver um filme de terror na sala com a Veh. Nossaa.. ela me deu um sustaço que quase gritei, isso bem na parte tensa do filme, depois eu revidei, puxei a perna dela.. Ela ficou pasma e disse que depois descontaria, rimos mto e conversamos horrores. O cansaço tava nos vencendo mais uma vez e logo fomos todas pro quarto dormi. Pela manhã conversamos com a Veh e optamos por sair de lá e aceitar o convite da guria do rayban (que mora numa republica) que por sinal morava bem perto dela e de um outro campus da mesma faculdade que ela e a Ana estudam só que esse era da área de humanas. Conhecemos o povo que mora na República Amarela (lugar fodãooooo de bom). Todos os FDS rola festinha lá e lota de gente. Fizemos amizade com todo o pessoal, lugar bem aconchegante, a guria do rayban se chama Thayssa (Thay) e estuda ciências biológicas. Guria bem gente boa e de um nível de cultura mto bom, adora filmes, me identifiquei pra caraléo com ela porque temos gostos parecidos. A maior parte do tempo que passamos por lá, vimos mtos filmes e conversamos muito, jogamos sinuca num barzinho universitário na esquina da rua que ela mora, demos algumas voltas na cidade com uma amiga dela que tem carro e que tbm se chama Verônica, só que essa é bastante alta e bem gente boa também e não toca em banda!HEHEHE. Ah, teve uma noite que rolou uma festinha de rock no campus próximo ao da casa dela e fomos todos pra lá. Estávamos em pelo menos umas 9 pessoas. Bebemos mta cerva (heinekem) e pulamos mto ao som do bom e velho rock. Torci o pé na volta pra casa e fiquei sentindo dor por alguns dias depois. Nessa cidade passamos umas 3 semanas, o lugar que fiquei por mais tempo assim em viagem, a cidade era tão bacana que não dava vontade de sair de lá. Enfim, tem uma hora que você começa a pirar e logo dá uma agonia de querer ir pra estrada, nem que seja pra escutar o barulho dos caminhões passando bem rápidos na br * Vrummmmm vrummmmmmmmm* , adoro isso!
Avisamos ao cara que ia nos hospedar em sampa de que estávamos saindo pela manhã pra lá, mas que chegaríamos por volta das 6 ou 7 horas da noite e ele disse que tudo bem. Dormimos ansiosas pelo dia seguinte, nossa missão meio que já tinha sido cumprida ali em Uberlândia. Agora eu estava na metade de minha viagem e no finalzinho da viagem da Mah . Faltava pouco pra ela chegar em sua casa, eu ainda me distanciava cada vez mais em direção ao sul.








(Adriana *doida*, Eu, Mah e Thay - República Amarela, Uberlândia - MG)








(A música mais tocada nessa viagem, é só clicar no play e curtir, In mY wOrLd!)

... A carona mais rápida [Parte II], Cansaço pela estrada e A contadora de histórias ...





(Uberlândia - MG )







Acordamos bem cedo, verificamos nossas roupas no varal e já estavam bem secas, arrumamos as mochilas e por volta das 11 hrs da manhã, a Kessy nos acompanhou até um posto fiscal, o mesmo em que no encontramos assim que chegamos em Itumbiara. Eu sentia uma sensação boa enquanto caminhava por ali, era uma sensação de meio missão cumprida até que...
Assim que chegamos lá, tinha um senhor carimbando nota fiscal e tinha um monte de caminhão estacionado um pouco mais a frente de onde estávamos. Este trajava uma camisa azul então a gente ficou só observando o cara. Olhei pras gurias e disse q ia perguntar pra onde o cara tava indo.




(eu) – Ei, ei moço!
(o cara) - Oi!
(eu) - Vai passar por Uberlândia?
(o cara) - Arram , vou sim por que?
(eu) - Leva duas de carona?? *fazendo carinha de pidona*



O moço deu umas risadas e disse que levava sim que ele só iria pegar uns papéis e logo voltava pra a gente pegar estrada. Só pode cara, a gente tem muita sorte... O cara ia voltando e acenou pra a gente ir pro caminhão dele. Demos um abraço de despedida em Kessy e ela nos desejou boa sorte e cuidado. Enquanto andávamos pra o local onde os caminhões estavam, eu e Mah ia zoando olhando eles parados ali e comentando qual que era melhor, mais rápido e torcendo pra que o dele fosse um daqueles até que..



(o cara) – É este! Podem abrir a porta..



Bem, não era um daqueles caminhões super rápidos e fodásticos, mas, ao menos era um. Esse era um daqueles que leva produto inflamável, morro de medo desses. o.O’.
O cara era de bem pouca conversa o que fez com que a viagem fosse bem mais cansativa do que de costume. Não demorei muito e me encostei na boléia e fui tirar um cochilo, a Mah tava meio tensa e passei meu celular pra ela ouvir musica. Depois acordei, a Mah me passou o celular de volta e fomos conversando um pouco, ela ia me falando da ultima vez que esteve pra aquelas bandas com o Léo. Já estava anoitecendo e o cara parou num posto pra abastecer, eu fui ao banheiro. Nusss esse, literalmente, era o banheiro mais fodão que já tinha visto. Tomei um susto quando abri a porta, tinha duas cadeiras com almofadas e uma mesinha de vidro com um jarro de flores em cima, o banheiro era todo em estilo T com os vasos de um lado e os chuveiros do outro, até fiz um vídeo pra mostrar a mah, ela tinha ficado no posto vigiando as mochilas. Depois que saí do banheiro, fui num restaurantezinho pegar café pra gente. Voltei pro caminhão, entreguei um copinho a ela e sem seguida o cara avisou que já estávamos de saída. Rodamos mais umas horas com ele, já era noite quando avistamos Uberlândia. A Mah ia me falando que naquele trevo que acabávamos de passar foi onde ela e o Léo mais caminharam pra conseguir uma carona e que eles tinham pegado jabuticabas pra comer ali perto uma vez... Rimos um pouco, fiquei imaginando a situação, logo ela deu sinal pro cara dá uma parada em frente a um posto. Pegamos nossas mochilas, descemos e agradecemos ao cara. Seguimos rua a dentro. Enquanto caminhávamos pelas ruas de lá, ela ia me falando de algumas coisas que ela tinha passado com o Léo e também de uma amiga dela (a Mac), que foi buscar ela no aeroporto de São Paulo assim que ela tinha chegado de Portugal e que hoje em dia ela estava casada com uma outra guria ( a Cidinha) e que elas se conheceram nos scraps do tópico do diário da Mah. Cara, que história né, realmente pra internet não existe barreiras... (Eu que o diga, mas essa parte da história aconteceu bem mais futuramente, HEHEHE...). Fomos caminhando em direção a casa da Mac. Batemos palmas e ela veio nos receber. Trocamos abraços, a mah nos apresentou e logo entramos na casa dela, bebemos água, comemos um monte de jabuticabas. A Mac toca guitarra e tem um play 2 lá. Fiquei jogando um pouquinho de guitar hero disputando com a filhinha delas e depois afinei a guitarra e toquei um pouquinho de Avril Lavigne, a música Nobody’s Home. Em seguida, nos despedimos e andamos mais um pouco em direção a casa da Ana, guria que ia hospedar a gente lá. Vimos pracinhas, pistas de skate... Tinha umas fachadas de prédios antigos pichados que achei bacana ver pelo caminho. Ela foi me falando um pouco de como era a Ana e de como a tinha conhecido...
Finalmente chegamos, era um prédio branco e bem simpático, ela só tinha esquecido o numero do apto. Perguntamos ao porteiro e ele nos indicou qual que era. Pegamos o elevador, ansiosas, eu por querer um banho e descansar um pouco, ela, talvez, por rever uma amiga.
Batemos à porta, a Ana veio nos receber e deu um abraço na Mah e em seguida um em mim também. Ela nos apresentou as outras 3 gurias que moravam lá, era um apto de estudantes, todas da mesma faculdade mas de cursos diferentes. Tomamos banhos, comemos algo.. Passamos um pouco da noite conversando muito. Lá pela meia noite o cansaço já estava me vencendo e acabei dormindo ali no sofá mesmo.








(quase assim.. hehehe..)

... Sonho de infância, Detetives na cidade e Final de Filme ...






(Avenida Beira-Rio, Itumbiara -GO)






Acordamos bem cedo, comemos algo e fomos ajudar na limpeza da casa. Enquanto a mãe da Kessy fazia o almoço, nós estávamos disputando no vídeo game jogando guitar hero. À tarde demos uma volta pela cidade, lá tem uns 100 mil habitantes até se parece um pouco com a cidade que moro só que essa era bem maior. Fomos pra pracinha, vimos pista de skate, biblioteca...
À noite vimos filmes e ficamos de bobeira na net vendo anime. Teve dias que a gente ia pra mecânica do pai dela aprender alguma coisinha ali, como montar e desmontar motos, bicicletas, era interessante. Outras vezes passeávamos e outras vezes tentávamos montar um quebra-cabeças, cara, esse era terrível, tinha umas 3 mil peças e eram super parecidas, chega dava uma agonia, eu odeio esse tipo de jogo, sério... Ah, teve uma noite que a gente ficou relembrando os sonhos que tínhamos quando criança e a Mah contou quase todos os dela mais um em especial era interessante, os meus e os de Kessy,a gente já tinha realizados quase todos...
Numa bela manhã nublada e fria a Kessy teve uma idéia e contava com a minha ajuda para fazer aquilo. Enganamos a Mah, fizemos com que ela ficasse em casa enquanto a gente foi na rua. Minha conversa com ela pelo caminho foi muito interessante, contei um pouco da minha vida a ela e ela se abriu comigo... De certa forma a gente era meio parecida, parecíamos duas meninonas risonhas na rua... Fomos a uma loja de skate comprar um e depois passamos numa biblioteca e levamos um livro. Sim, o sonho da Mah era ter ganhado um skate quando criança, coisa que ela nunca conseguiu já o livro, era porque ela num gostava de ler e era uma forma de incentivo. Ela nem chegou a desconfiar em nenhum momento, botamos em uma embalagem enorme. Eu e Kessy estávamos amarelas de fomes porque tínhamos saído d casa bem cedinho e voltamos lá pelas quase 3 da tarde com as embalagens. Encostamos as coisas na parede lateral da casa próximo à entrada da cozinha. A mãe da Kessy chamou a Mah e a gente ficou enrolando, puxando qualquer tipo de assunto diferente e sem parar... Quando ela olhou pra parede e viu aquilo, ficou surpresa e curiosa, querendo saber o que era e pra quem era. A mãe da Kessy pediu pra ela abrir. Quando essa menina abriu, ela começou a ficar agitada e com os olhos cheio de lágrimas e falava:




(mah) - Vocês são loucas? Por que vocês fizeram isso? Loucas!!
(kessy) – Aceite, é um presente nosso pra você, por favor!!




A mah saiu por um instante, foi ao banheiro e depois voltou. Ficou sem palavras. A gente sentiu uma alegria enorme, eu por ajudar alguém a ajudar uma amiga, a necessariamente demonstrar um carinho e agradecimento especial pelo o que aquela pessoa tinha feito na vida dela e também , cara, nada como ver uma pessoa feliz. É uma coisa que não tem preço. Depois fomos dá uma volta na rua, comemorar... Tava muito nublado e começou a ventar muito forte, a gente comprou uma garrafa de vinho pra beber a beira do rio na avenida principal. Cara, de frente a onde nós estávamos tinha meio que uma ilhazinha isolada no meio do rio que lembrava um pouco o cenário de Senhor dos Anéis, eu achei o máximo e pior que tinha até uma neblina bem doida que passava por cima dali. Começou a chover muito forte e gelado. Continuamos na rua, brincando, apostando corrida sem medo de cair, vimos os carros passarem super rápidos na avenida, fazia tempo que eu num me molhava numa chuva. Outro dia, já à tardinha, fomos passear por uma pracinha. A Kessy foi comprar mais uma garrafa de vinho em algum boteco que tinha ali por perto e me deixou com a Mah nessa pracinha. Pode até parecer ridículo isso mais pra gente era muito massa. Ficamos brincando de briguinha, de empurrar a outra na grama verdinha, de pular nas costas da outra feito criança mesmo. A gente se divertia muito com tão pouco. Ficamos todas vermelhas por causa da terra de lá que tem essa cor forte. A kessy enfim chegou e começou a chover um pouco, nos abrigamos embaixo de uma espécie de tenda. Após alguns minutos apareceu uma guria e ela não parecia nada bem, tava passando mal e um pouco pálida. Essa menina voltava do trabalho e estava esperando o namorado. Demos assistência a guria e ela me pediu pra falar com o namorado dela e explicar onde exatamente ela estava. Eu falei um pouco com ele por celular me identificando e tal só que me aperreei quando percebi que a guria tava com a pressão baixa e muito pálida. Passei o celular pra Kessy falar com ele, já que ela mora ali ela poderia explicar melhor. Depois de um tempinho o cara chegou, a guria agradeceu e ele a levou embora de carro. É cada coisa esquisita que acontecia na vida da gente e mesmo assim ainda não estávamos nenhum pouco acostumadas. Depois desse incidente, bebemos o vinho e ficamos na rua até tarde, jogando conversas fora...
Ah, uma outra coisa doida que aconteceu. A Mah se lembrou de que tinha uns parentes perdidos da mãe dela naquela cidade, que tinha estado ali quando criança, tipo uns 5 anos de idade, mas ela nem se lembrava muito bem, a única lembrança que tinha era de que esse povo morava perto de uma rodoviária. Surgiu uma idéia meio doida de nós três sairmos pra procurar esse povo, dando uma de detetives mesmo. HEHEHEHE.







(momento Spy Girls... hehhe )










A Mah jogou no orkut, ORKUT, o sobrenome da família da mãe dela e foi verificando pelas cidades das referidas pessoas que apareceram, já que é uma família pequena seria mais fácil desse modo, uma outra alternativa foi a gente ir a casa de uma senhora que sabia de tudo da cidade. A senhora nos recebeu em sua sala e explicamos toda a história mirabolante, ela disse que até estranhava em ela não se lembrar de ter ouvido falar desse sobrenome e nos disse que se soubesse de algo ela avisaria. Não nos deixamos abater e fomos à procura. Saímos pelas ruas perguntando ao pessoal local mesmo. Não tivemos sucesso. Quando voltamos em casa tivemos a surpresa, uma das pessoas, especificamente uma guria que tinha esse tal sobrenome , Beltramin, disse, via orkut, que morava na cidade que a gente estava, Itumbiara (interior de Goiás) e que até deu o endereço da loja que ela trabalha pra a gente se encontrar lá. Era muita informação em pouco tempo cara, sério, era muito doido. Dia seguinte, saímos ansiosas pra essa tal loja, conversamos com a guria e ela nos passou o endereço exato da avó dela, que é a tia avó da mãe de Mah. À tardinha, o irmão da Kessy pegou o carro emprestado do pai e foi com a gente em busca deles. Rodamos alguns longos minutos até que chegamos ao local indicado. Descemos as 3 do carro e o irmão da kessy disse que quando terminássemos , ligássemos que ele viria nos buscar. Em frente a casinha batemos palmas. Uma mulherzinha, baixinha de olhos bem azuis olhou de uma brecha da janela e logo em seguida veio nos atender. Ela parecia ter reconhecido de alguma forma a Mah e estava bastante surpresa. As duas conversaram bastante. A senhorazinha nos mostrou fotos antigas da família deles, contou altas historias e disse que eles estavam de mudança pra Uberlândia (MG). Kessy emprestou o celular e a Mah ligou a cobrar pra mãe dela e contou toda a história de que tinha achado os parentes. Elas ficaram conversando um bom tempo, matando saudades e marcaram de se encontrar em breve, trocaram endereços. Pra fechar o assunto, tiramos fotos com eles. Estava muito frio e o tempo muito fechado pra cair aquela chuva bem forte. Kessy ligou pro irmão dela e em poucos minutos ele chegou. Nos despedimos com abraços calorosos da senhorazinha. Cara, a sensação que dava era de uma missão cumprida digna de final de filme e como em todo final de filme faltava uma trilha sonora de fundo, néh. Na hora só uma música me passava pela cabeça nem sei porque, mas era a de Avril Lavigne. E eu ia comentando com a Mah sobre isso e em seguida o irmão da Kessy ligou o som do carro. Foi mais surpresa ainda, a música que tava passando era justamente a que pensei e bem na hora que ia começar o refrão da música Don’t tell me. Nós três cantávamos de toda altura a música e movimentávamos as mãos como se estivéssemos tocando algum instrumento. Sem explicação, era sensação de outro mundo.
Chegamos de volta em casa, botamos as nossas roupas na máquina de lavar e vimos mais um filme, um de drama chamado Um amor pra recordar (muito bom por sinal, recomendo) depois ficamos vendo uns seriados do sbt até tarde e fomos dormi exaustas. Dia mais que doido esse. Perfeito.









(Kessy,eu e Mah - Itumbiara (GO), Beira-Rio... )










(música q tocou no carro...XD)

... Uma saída sem despedidas, Entrega especial e o Encontro (parte II)
















No dia seguinte fomos acordados com o som da chuva que caía. Muito forte por sinal. Eu e mah íamos viajar naquela manhã pro interior de Goiás mais a chuva não tava ajudando. Pensamos em desistir e deixar pra ir outro dia só que ela deu uma trégua. Arrumamos rapidamente nossas mochilas. O Klê deu uma mochila maior pra mah de presente. Tiramos algumas fotos com ele. Comemos algo bem rápido, avisamos a Kessy (guria que nos hospedou em Recife e que voltou pra morar em Goiás) que estávamos partindo naquela hora em direção a casa dela. O klê nos levou até um terminal de ônibus e nos explicou qual pegar pra chegar mais próximo da Br possível. A gente ficou conversando horrores e de repente o ônibus chegou, corremos pra pegar ele e o tio ficou pra trás. Achávamos que ele entraria com a gente e que fosse nos deixar no outro terminal, mas não deu, ele não foi. A gente meio que ficou com remorso porque nem deu tempo de se despedir direito, nem um abraço conseguimos dá nele. Começou a garoar um pouco. Rodamos uns 40 minutos, ficamos observando as ruas e conversando sobre nossa estada na capital. Quando chegamos no segundo terminal o pessoal de lá não sabia informar direito qual ônibus que a gente pegaria. Rodei feio doida atrás dos fiscais lá até que um conseguiu me dá a informação certa. A mah pegou uns cafezinhos pra gente e eu arrumei um cigarro pra ela se acalmar. Esse ônibus nos deixou num lugar super esquisito. Ruas desertas, parecia ser um bairro perigoso. Avistei umas mulheres um pouco mais a frente e fui correndo até elas pedir informação. Elas nos explicaram bem direitinho o caminho e pegamos uma trilha de terra até finalmente chegar na Br. Caminhamos por pouco mais de 1 km até achar um ponto legal pra levantar plaquinha e dedo. Não demorou muito, alguns caminhões passavam , buzinavam, a gente acenava... até que avistamos, lá longe vindo em nossa direção, um caminhão da SEDEX. Ah cara, a SEDEX não para ninguém, nem se fosse a mãe do motorista ali passando mal na beira da pista ele pararia, o horário deles é muito apertado por causa das entregas e tal, mas não custava nada tentar néh! Ficamos ali de bobeira, levantando plaquinha e dedo quando veio a surpresa, o caminhão parou. o.O’! Cara, enquanto ele ia dando ré pra chegar mais perto da gente e eu mah estávamos abismadas, a gente era muito sortuda! Ele ia fazer entrega em Uberlândia e iria passar por Itumbiara, abrimos a porta, encostamos as mochilas um pouco mais atrás dos bancos e seguimos com ele. Pow, cara super gente boa, inteligente. Quando estava pra anoitecer começou a cair um chuvão na estrada e um monte de raio. Cara, fiquei morrendo de medo, sério mesmo. A Mah me zoava, acostumada porque na cidade dela cai muita chuva forte e até umas ventanias loucas mais pra quem mora no Nordeste e não é acostumado a ver tanta chuva e raio como eu vi ali, só me restava ficar de olhos bem abertos e esperar que passasse logo...










(estrada com chuva.. representação tá..)





A gente ficava o tempo todo conversando, era a única coisa que me fazia ficar distraída naquele momento e não pensar tanta besteira. Tava muito forte e tava ruim a visibilidade da estrada. O motorista foi bem devagar e com muito cuidado. Pouco mais das 8 horas da noite chegamos em um posto fiscal em Itumbiara. Nos despedimos e agradecemos muito ao motorista, pegamos nossas mochilas e corremos pra não nos molhar muito na chuva. Liguei a cobrar pra Kessy, indiquei onde estávamos e ficamos aguardando a chegada dela. Enquanto a Kessy não chegava eu fui buscar mais um café pra gente numa guaritazinha que tinha ali perto .Tava muito frio já. Pra passar o tempo a gente gravou um vídeo pelo meu celular contando um pouquinho da viagem, mostrando o quão forte tava a chuva e na hora em que eu ia encerrar o vídeo aí veio a surpresa, reencontramos a Kessy.Ela deu um abraço na Mah aí passei o celular pra ela e a Kessy me abraçou também. Pegamos nossas mochilas e levamos pro carro do pai dela que estava esperando a gente a uns 100 metros adiante de onde estávamos. No caminho pra casa dela a gente foi se apresentando e puxando assunto pra tentar conhecer seus pais. Deixamos as mochilas no quarto da Kessy, tomamos banho, comemos algo e vimos um pouco de tv depois, já bem tarde da noite fomos todas dormi.










(O reencontro.. hehehe)

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