A carona mais rápida,perdidas na avenida e o encontro.







(Indo pra Goiânia,hehe)







Depois de descermos do ônibus, eu e Mah caminhamos mais uns 300 metros à frente em direção a um posto policial. Perguntamos ao guardinha qual era mesmo a direção que dava em Goiânia e ele nos explicou direitinho e até disse que ali era um lugar legal pra conseguir carona, os carros diminuíam um pouco a velocidade por medo de multa... HEHEHE...
Atravessamos a rua super rápido, estava quase em horário de pico e passava muitos, muitos carros...
A gente deixou nossas mochilas embaixo de uma árvore lá perto de um carro prata que estava estacionado. Levantamos plaquinha e dedo. O cara que estava no carro prata começou a rir. Eu e Mah perguntamos o que era que ele queria, se tinha algum problema em a gente ficar ali. Ele olhou pra gente rindo e disse:



(o moço) - Não, não é isso não. É que eu tou justamente indo pro lugar que vocês pretendem ir. Hahahaha.
(eu ) – Pow, assim, dá pra você levar a gente?!?!
(o moço) – Claro. É que estou esperando minha irmã que está chegando em outro carro e vou levá-la até a casa de uns parentes nossos que ela não sabe onde é, se vocês puderem esperar um pouco...
(nós) – Claro!


A gente pegou nossas mochilas e colocamos no porta-malas do carro dele. Cara, essa foi a carona mais rápida que já consegui em minha vida. Tava tudo dando certo, até parecia um sinal de que era mesmo pra a gente ir. A irmã do cara chegou. Voltamos a Brasília, passamos uns 20 minutos lá até pegarmos estrada. O cara ia veloz, a gente ia chegar mais rápido do que imaginava. Passamos a maior parte do tempo conversando, contando algumas coisas que já tínhamos feito na viagem...
Depois de duas horas rodando, paramos num restaurante beira de estrada. Ele comprou uns temperos, uns queijos, doces, deu pra gente alguns doces também.
Quando já estávamos chegando à capital, ele nos perguntou aonde mais ou menos iríamos querer descer. Eu disse que no lugar que ele deixasse a gente já estava bom. Ele insistiu e eu disse o endereço de onde a gente iria ficar. Ele foi tentar ver no GPS, depois em passou o aparelho pra eu verificar melhor. Joguei todas as coordenadas que eu tinha anotado na casa do Maycom pela manhã e falei pro motorista, Ele nos deixou numa avenida movimentada, que era mais seguro, e ficava um pouco perto da casa do amigo que a gente ia visitar. Pegamos nossas mochilas, nos despedimos dele, trocamos apertos de mãos e ele nos desejou boa sorte. Agora era totalmente com a gente!
Apontei a direção que íamos e seguimos. Lá é tudo grande, avenidas largas, muita gente andando pelas calçadas. Depois de uns 20 minutos caminhando percebi que já estávamos perto. Passamos em frente a uma lan house que tinha um mapa bem detalhado de Goiânia. Corremos pra verificar. Estávamos a um quarteirão só. Quando chegamos na rua que o Klemerson (Tio Klê) mora, aí veio a dificuldade. As casas não são ordenadas em ordem crescente, os números alternam demais fora o número de lote que nos deixava mais confusas ainda, tipo, a primeira casa da esquina o número era 5 e lote 12, a segunda casa na seqüência desta era 9 e lote 6, já a terceira era número 7 e lote 15, era muito número fora que a avenida era enorme. Percorremos aquela rua por uns 40 minutos e nada de encontrar, fora que a gente perguntava ao pessoal e ninguém sabia dizer onde era... Até que, vencidas pelo cansaço, encostamos as mochilas numa calçada lá pra descansar um pouco. Quando eu fui dá uma olhadinha no número da casa, era a que a gente estava procurando o tempo todo! Pense numa sorte! A Mah chamou o Tio Klê, a mãe dele veio abrir a porta pra gente entrar. Trocamos abraços.A Mah tava com os olhos cheio de água quando o encontrou, ele tinha muita importância na vida dela.Colocamos as mochilas no quarto dele. Fomos tomar banho. Comemos algo e fomos conversar até pra a gente se conhecer melhor. Ela o conheceu, via internet quando estava em Portugal (mais detalhes dessa parte da história leiam aqui), mais naquele momento foi o primeiro contato deles pessoalmente. A noite, fomos passear pelo quarteirão, o tio Klê foi nos contando algumas histórias que ele viveu naquele local, ah, ele é chef de cozinha, muito bom por sinal. Paramos numa distribuidora de bebidas e compramos algumas latinhas de cerveja e uma garrafa de vinho. Ficamos até tarde da noite jogando play 2 e vendo Final Fantasy ( ele é muito fã). Fomos todos dormir exaustos.










(parecíamos eles.. hehehe)

... A maneira como você se move é no momento certo ...

PS- Bem, pessoal, aconteceu uma coisinhaa ruim hoje pela manhã enquanto eu passava alguns arquivos do meu celular para o pc e ele deu pau e acabou sumindo 30% dos meus arquivos, inclusive os textos que eu tinha digitado sobre a viagem e nesse momento nem tou com tanta idéia de como recomeçar a escreve-los... (caso alguém esteja lendo isso aqui,néh..hehehe,fikdik)









(Tempo,mano velho,hehehe)





Não sei se é só comigo ou com mais alguém isso, sempre nas madrugadas me dá uma vontade de escrever sobre um monte de coisa que aconteceu comigo, o que se passou no meu dia...
Acho que o ser humano tem essa necessidade de se comunicar com alguém, de repassar a sua história pra alguém,quer ser lembrado de alguma forma. Esses dias eu tava vendo tv, mais precisamente o canal tv escola, e tava passando uma reportagem sobre Lygia Fagundes Teles (uma ótima escritora) contando a vida e suas obras na literatura brasileira e no fim da matéria exibiram uma entrevista dela em que ela dizia : "- Se fores poeta não me deixes morrer..."
Aquilo ficou martelando na minha cabeça por horas e a partir daí fiquei repensando em tudo o que me aconteceu, desde quando eu consigo me lembrar até esse exato momento...
Teve uma vez, quando eu tinha uns 7 anos de idade, a minha mãe esqueceu de me buscar no colégio. Eu estudava a tarde e saia da escola às 17 hrs.A diretora da escola me levou pra casa dela, que ficava num terreno mais atrás,me deu lanche e ficamos disputando uns joguinhos educacionais que ela tinha.Às 19 :30 mãe foi me buscar. Voltamos pra casa, tomei banho e fui brincar na rua com os vizinhos. No dia seguinte contei a história as minhas amigas e elas até me falaram : "- Nossa, eu teria chorado, achado que ninguém gostava mais de mim..." ou " - Tu não ficou chateada com isso não?" ou " Você não teve medo de nunca mais voltar pra casa?!".
Tá, sei, imaginação de criança é muito fértil porém eu não pensei nada do que elas falaram que pensaria se passassem por isso. Foi aí que comecei a acreditar que tudo tem o seu tempo certo. Era como se algo me preparasse pra uma coisa adiante.
Também teve uma vez , já aos 10 anos, que eu fui numa festa com meus avós no trabalho do meu avô e tinha uma guria, franzina e loira, com quem eu fiz amizade naquela noite. Passamos todo o tempo ali brincando com as crianças menores, meio que monitorando mesmo por pura voluntariedade (nem sei se essa palavra existe o.O').Às dez horas todos foram embora pra suas devidas casas. Passaram-se alguns anos, mais precisamente quando eu tinha 14. Eu nunca mais tinha visto aquela amiguinha daquela festinha até em uam bela tarde de domingo, eu estava disputando um torneio de futsal da cidade que moro, quando eu caí de moto com meu pai, e nesta mesma noite seria a final do torneio.De repente uma guria que ia passando por lá parou pra dá assistencia, me levantou, ajudou o meu pai também a se recompor, e minah perna tava com uma queimadura muito tensa, enorme, e a guria bateu à porta da vizinha pra pedir ajuda, algo pra aliviar a dor na minha perna. Depois de tudo resolvido, a guria olhou pra mim e disse : "- E seu avô , como tá?!"
Eu abri bem os olhos... Era a guria da festinha.
Aquilo foi uma baita de uma surpresa pra mim,tanto tempo sem nem saber mais nada dela, a gente só se viu uma única vez, e olha que a cidade aqui é pequena, e se rever justo nesse dia, e ela me ajudando ainda?! Era muita informação pra minha cabeça...
Acreditem, isso se tornou quase rotina na minha vida... (Lembram do texto que escrevi "I friend in need"?!?! foi um dos exemplos disso!)
Mais uma vez essa questão martela na minha cabeça : "- ... A maneira como você se move é no momento certo."
São coisas assim que não deixa a vida da gente sem graça, porque se tudo fosse baseado no certinho o tempo todo e se todas as pessoas fossem exatamente iguais, seria chatoo!
E mais,fatos como esse só nos mostra que tudo na vida tem volta, que só pelo simples fato de você conversar,conhecer e cativar alguém hoje, você já contribui e muito na vida dela.
Não precisamos fazer algo tão extraordinário para ser lembrado por alguém em algum momento por aí, basta ser apenas você mesmo, o resto a própria vivência faz acontecer.
Quem sabe até essa mesma pessoa que você cativou irá algum dia contar aos filhos e netos o que você já fez na vida dela!










(A estrada é como nossa vida, o amanhecer é cada página virada : by Vanessa Ohara)








(Dica de uma música que eu adoro, é só apertar o play... hehehehe)

... Planalto Central, Área 51 e uma tarde na Asa Sul ...






(Brasília!)







Dia seguinte, acordamos pela manhã, tomamos café e em seguida ficamos um tempinho conversando com a mãe de Maycom e a ajudando também com os preparativos do almoço. A gente foi contanto a ela o que queríamos conhecer em Brasília e ela nos disse que morava ali há tanto tempo e nem tinha ouvido falar da metade das coisas que falamos em visitar. Fiquei pasma, a maioria das pessoas não conhecem a própria cidade (ou nem ao menos já ouviu falar de alguns pontos turísticos que elas têm) e sempre falam que não tem tempo pra nada, sempre estão reclamando de suas vidas. Pow, qualquer final de semana desses já dá pra rodar um bocado. HEHEHE.
Passamos o resto do dia vendo TV, lendo HQ’s e fazendo pulseirinhas. À noite, o Maycom ligou pra Mayra pra ver um lugar onde a gente pudesse se encontrar e combinamos em um Shopping qualquer de lá. Duas amigas dela também iriam. Pegamos ônibus e chegamos no local em 30 minutos.
O Maycom deu a volta pelo Shopping enquanto que eu e Mah ficávamos ali matutando, tentando conhecer o lugar. Lembro de ter avistado uma guria, de longe, vir em nossa direção com um casaco preto, no mesmo instante falei pra Mah:



(eu)-Ali! É ela! Rsrsrs
(mah)- Como vc sabe?Rsrsrs
(eu)- Reconheci pelas pernas... Rsrsrs



Passamos um tempinho rindo e num era mesmo ela que vinha ali caminhando!!
Quando ela chegou próximo à gente eu acabei falando pra ela como eu a tinha reconhecido. Falei que antes de dormi (na hora que ela me passou os mapas) eu tinha vasculhando as fotos dela do orkut e vi uma em que ela tava fazendo pirraça em uma parede que tinha um vaso sanitário grafitado. É,ela sacou na hora e riu horrores... HEHEHE...

Depois de devidamente apresentadas, fomos dá uma volta na cidade no carro de Mayra. Brasília é muito linda à noite, toda iluminada, ruas bastante largas, o povo respeita mesmo o sinal do semáforo e a faixa de pedestre. Único lugar que vi que as pessoas param pra você atravessar a rua na faixa mesmo o sinal estando verde!Conhecemos a galeria do Rock de lá. As duas amigas da Mayra estavam esperando a gente nessa galeria. Passamos um bom tempão conversando ali com elas tomando vodka com Sprite. Eu e Mayra saímos de perto do pessoal e fomos dá uma volta pelo lugar, ela ia me mostrando e falando o que tanto tinha ali. A gente encontrou um bar meio que no subterrâneo e compramos duas latinhas de cerva bem geladas. Um cara pediu a minha ID,¬¬, é, eu não pareço ter a idade que falo ter... ¬¬.Pedimos uma ficha de sinuca. Um outro cara que estava bebendo no balcão pagou outra ficha pra a gente também. Rimos horrores. Estávamos jogando muito mal, a gente só fazia rir. A cada bola encaçapada a gente fazia dancinha pra comemorar. Fomos depois chamar o pessoal pra ficar lá com a gente jogando. Foi muito divertida aquela noite. Por volta de meia noite fomos embora.

Dia seguinte, ajudamos mais uma vez com o almoço, lavei louça. Eu e Mah colocamos algumas roupas pra lavar na máquina. Demos uma volta pelo quarteirão com Maycom pra comprar pão. Durante o dia ficamos vendo TV, fizemos pulseirinhas e jogamos conversa fora. Na época que chegamos lá estava fazendo um calor danado, nem tínhamos tanto ânimo pra sair ao dia e a noite esfriava de vez....
Mais uma vez, à noite, demos uma outra volta pela capital, dessa vez fomos pra um outro Shopping que tinha uma galera bem rocker lá. Gente com moicano de toda altura e cores bem variadas, gente com dreads, de todo tipo. Eu e Mah nos sentíamos em casa vendo gente normal (pro nosso mundo é sim)! Em seguida encontramos as amigas de Mayra (Elaine e Ingrid), que estavam em um fusca branco estacionado lá perto. Elas queriam levar a gente pra conhecer um bar medieval que é bem bacana. Mayra e Maycom foram ver se o lugar tava bom e disseram que num tinha nada de especial por lá, então eles optaram por levar a gente num lugar chamado Área 51. O lugar ficava embaixo de uma boate, a escadaria era preta com detalhes em prata na parede, como se fossem estrelas, a impressão que você tem quando se estar lá é de que você está numa nave espacial, é muito louco a decoração, bem Área 51 mesmo... HEHEHE. Tinha várias mesas de sinuca, todas em pano vermelho combinando com a luz fraca do ambiente e nas paredes tinham enormes quadros de planetas. Foi o bar mais legal que já entrei até agora!










(Só pra vcs terem uma noção de como é lá...)




Nessa noite, Eu e Mah dormimos na casa de Elaine e Ingrid. Pela manhã, elas ligaram pra Mayra e Maycom aparecerem na casa delas pra a gente ir conhecer a Asa Sul e aproveitar pra fazer um churrasco ali na beira do Lago. Levamos o violão de Elaine, cadeiras, petiscos, tudo!
Tivemos uma tarde maravilhosa e ainda tinha umas pessoas lá fazendo roda de viola. Fiquei cabrera (cautelosa em Pernambuquês), ao entrar naquele lago, estava muito frio e tinha muitas pedrinhas pontudas e afiadas,até cortei o dedo... HEHEHE, Andamos também na Ponte JK, enormeeeeeee.... Tiramos fotos bem de cartão postal mesmo lá!
Ao anoitecer, recolhemos todas as coisas e fomos passear a noite. Brasília é a cidade das luzes! Hehehe...
No outro dia, as gurias foram trabalhar e deixaram a gente na rodoviária pra pegar ônibus e voltar pra casa de Maycom. Aproveitamos então pra passear pelos Ministérios e tirar algumas fotos. Fomos ao Disco Voador, na Biblioteca, tava tudo fechado ou em reforma, o único lugar que deixaram a gente entrar foi na Catedral e só podemos andar até a metade dela porque o restante também tava em reforma... ¬¬
Encontramos um hippie lá sentando fazendo brincos e fomos fazer amizade com o cara. Passamos o resto do dia lá com ele fazendo pulseirinhas e jogando conversa fora, ele até indicou umas cidade legais pra a gente conhecer, que os hippies, amigos dele, iriam tratar a gente bem. Depois nos despedimos dele e voltamos à rodoviária pra pegar ônibus. Rodamos uns 40 minutos e chegamos na casa do Maycom. Um amigo dele apareceu lá e a gente ficou conversando com ele um bom tempo. Lá pelas 11 da noite fomos todos dormi.
Às 7 da manhã acordamos. Olhamos na net o próximo roteiro que íamos, vendo rodovias, vendo ruas e anotando tudo. Avisamos ao amigo da Mah que chegaríamos pela tarde. Arrumamos nossas mochilas e esperamos a Mayra chegar pra nos despedimos dela. Demos abraços em todos, tiramos uma foto no ponto de ônibus, Mayra me deu um livro de presente, agradeci muito a ela, adoro ler... HEHEHE.
Em seguida, ela entrou no ônibus com a gente. Fomos conversando horrores, fizemos pulseirinhas, ela acabou comprando uma nossa de lembrança das cores da Itália.... Ela disse que um dia iria visitar lá.HEHEHE...
Quando chegamos no ponto, demos o sinal, acenamos pra Mayra. Seguimos caminhando até um posto policial que ficava a uns 300 metros de onde estávamos. E mais uma vez inicia-se a saga!











(A gente no Lago na Asa Sul)

[...Uma questão para uma viajante ... ]






(Até parece com a Br do Paraná, hehehe)







Saindo um pouco dos contos sobre as viagens e indo pra um período mais atual. Numa noite dessas atrás eu estava conversando com alguns amigos numa ponte que tem próximo a casa onde moro e eles me fizeram a seguinte pergunta : Qual o motivo de viajar por aí? O que isso representa pra você?!
Eu abaixei a cabeça por um momento e em seguida levantei o olhar em direção as estrelas e falei.


(eu) - Tá vendo esse céu?

(amigo) - O que tem ele?

(eu)- O que você sente quando o vê?

(amigo) - Ah, eu sinto uma espécie de liberdade, ele é imenso e cheio de segredos... Por que?

(eu) - Eu sinto a mesma coisa quando estou na estrada, longe da rotina, longe do mundo.Sinto uma liberdade que nem dá pra descrever o que é mas consigo sentir, ali é o teu momento com você mesmo, apenas ouvindo o som da natureza, sentindo o vento tocar teu rosto enquanto você percebe as fagulhas de areia voarem em forma de dança ao teu redor. Eu abro bem os braços como se fossem asas e me imagino flutuando.Eu grito,canto e ninguém me vê.Posso ser o que eu quiser naquele momento...

(amigo)- E quanto aos amigos da net?

(eu) - Você nunca pensou em ver aquela pessoa com quem conversa no monitor, seja amigo recente ou antigo?! Pois bem, eu sim. De certa forma eles fazem parte da minha vida, compartilhamos nossas histórias, alegrias, tristezas.Conseguimos vivenciar coisas reais,como por exemplo, contar uma piada e ter a certeza de que vai arrancar aquele sorriso amarelo daquela pessoa ou contar algo de ruim que aconteceu e sentir que aquela pessoa ficou ali, triste com você e tenta até te animar, te aconselha. Eu apenas quis ter a certeza de que é real e também queria conhecer um pouco da rotina deles, conhecer histórias dantes vividas, cidades novas,lugares variados, aprender e compartilhar o que se aprendeu!





Fez-se uma pequena pausa de alguns minutos...
Um deles olhou o relógio e falou que já passava das duas da manhã, nos despedimos e fomos embora.





[In off - A felicidade só é real quando compartilhada (Christopher McCandless) ]











(Nem preciso comentar... hehehe)

... Apuros, Dois anjos na estrada e Uma luz no fim túnel ...








(De volta a Br...)







Acordamos meio tarde, por volta das 10 hs da manhã. Tomamos banho, comemos algo, nos despedimos do Léo . A Mah tava mandando recado de confirmação pra Mayra avisando que a gente ia chegar de tardezinha em Brasília (DF). Quando a gente já estava saindo, heis que liga uma guria na casa do Léo avisando que uma amiga da Mah ( a Verenah) estava acabando de sair de São Paulo pra encontrar a gente numa Br qualquer porque ela queria ir com a gente. A Mah ficou pasma e pediu pra avisar a essa amiga dela de Sampa que num daria certo, que a gente já estava quase na BR . Tivemos um contratempo meio louco logo no começo do dia, fiquei pasma pensando se mais alguma coisa iria dar errado....
Finalmente, pegamos um ônibus, chegamos na Br. Caminhamos horrores, muito mesmo, debaixo de um sol escaldante. A gente acenou pra um cara num carro pequeno que ia passando próximo a gente e pedimos pra que ele nos deixássemos um pouco mais adiante porque ali era péssimo, num tinha nada. Ele então concordou e levou a gente há uns 3 ou 4 km a frente. Paramos em um posto, agradecemos ao cara. Ficamos lá um tempinho, fomos ao banheiro, bebemos água, comi um bolo num restaurantezinho que tinha ali e mah ficou fazendo pulseirinha e tomando café.
Ela falou com um cara lá, pra saber onde ele ia e ele disse que estava esperando confirmação de carga pra levar pra Brasília. Pow, pensamos, carona direto, muito massa!
Aguardamos o cara, ele nos acenou e a gente foi com ele pra carregar o caminhão (era carga de ferro). Voltamos a BH, esperamos.... esperamos... esperamos.... Já estava começando a escurecer quando entramos de novo no caminhão pra seguir viagem...
O motorista quis cortar caminho pra chegar mais adiante na Br e a gente acabou se perdendo, saindo muito fora da rota,indo pra algum lugar que nem no mapa estava.... Comecei a me preocupar e a Mah tbm... Já umas 7 da noite quando a gente passou por uma ponte super esquisita e ela meio que cedeu um pouquinho por causa do peso do carregamento... Ficamos nervosas. No meio da ladeira o caminhão faltou óleo e perdeu força e freio... Começou a dá ré e o cara tratou de dá um jeito de jogar o caminhão num barranco pra ele parar se não iríamos pra ponte e aí já nem queria pensar no que podia acontecer... Cara nunca tinha passado um perrengue tão doido que nem esse, o lugar era esquisito, só tinha arvore seca,um barranco e uma ponte mais atrás que por baixo passava um córrego... e pior, mal passava carro ali... Só passava coisa ruim na minha cabeça.











(Mapa da viagem até aqui!)







Eu e Mah estávamos sim com medo, eu nunca tinha visto ela agitada daquela forma, eu tentava não demonstrar muito o que sentia pra não pior a situação, mais por dentro tava me roendo...
Um cara numa caçamba passou por nós, parou. O motorista do caminhão que estávamos comprou óleo a ele e depois consertou o caminhão... Por volta das 8 e pouco da noite saímos dali. O cara parou num posto pra abastecer e ainda por cima queria tomar conhaque. Falei com a Mah que com ele eu não seguiria não, eu preferia dormi naquele posto que a gente tava do que seguir diretamente com ele e até perder a vida! Ela então concordou comigo e foi buscar nossas mochilas no caminhão enquanto eu dava uma volta pelo lugar, ver banheiro, ver se era seguro.
O motorista foi embora, meio com raiva, e ficamos no posto. Estava passando jogo do Brasil numa tv lá, pedimos café e ficamos assistindo um pouquinho.
Lá tinha sinuca, totó (pebolim).... Fiz uma bolinha de papel que achei no chão e começamos a disputar no pebolim...
Uns caras ficavam olhando pra gente e dois deles se aproximou. Fizemos amizade com eles e eles pagaram uma rodada de ficha pra nós 4 disputar em duplas, eu e um cara, mah e o outro. Eu e o cara ganhamos.. HEHEHE..
Depois eles perguntaram se tínhamos lugar pra dormir, se a gente já tinha comido algo, se a gente queria tomar banho.
O cara que jogou comigo foi num hotel que tinha vizinho a esse posto e falou com a recepcionista pra a gente tomar banho.Ela deixou. Trocamos de roupas e voltamos pro posto, dessa vez jogamos sinuca e tomamos coca cola. A dupla que eu tava jogando perdeu... ¬¬ HEHEHE
Por volta das 11 hrs da noite, um deles chamou a gente pra dormi no caminhão, pra a gente não ficar no relento porque ali costumava fazer frio de madrugada. A gente foi.Ele armou uma rede dentro do caminhão e dormiu lá, eu e Mah dormimos embaixo,nos bancos. Às 5 hrs da manhã o cara nos acordou. Pegamos nossas mochilas, nos despedimos do cara, agradecemos a ele. Esperamos clarear mais o dia (ainda estava escuro e frio). Tomamos café, comemos pão e quando estávamos indo pra estrada levantar dedo e plaquinha, um louco lá veio falar com a gente, dizendo que ali era difícil pegar carona, que era melhor a gente ir um pouco mais a frente num outro posto que ficava a uns 500 m de onde estávamos e se caso a gente num conseguisse sair dali até o meio dia era pra a gente pedir almoço ao cara do posto que ele dava. MEU, é cada doido que aparece na estrada, sei que ele estava tentando nos ajudar mais estava era piorando as coisas..... Fiquei angustiada, queria sair logo dali....
Ficamos no outro posto levantando dedo e nada.. nada mesmo... Os carros passavam super rápidos. Tava tudo dando errado quando um cara num carro pequeno branco ia passando devagar rente a gente. A gente gritou pra ele nos levar num trevo ou mais a frente em algum lugar melhor. Ele parou o carro e a gente entrou. Ele ia num trevo mais a frente que ficava a uns 45 km de onde estava (era o mais próximo pra vocês terem idéia do sufoco da gente!!!). Conversa vai, conversa vem e ele decidiu nos levar uns 120 km adiante. Passamos num trecho que tinha uma estrada de terra. Ele entrou nesse trecho com a gente. Cara, comecei a ficar aperriada, era só o que faltava, dá tudo errado de novo... Quando.......... Avistamos uma casa bem bonita toda de madeira rústica, era um restaurante fazenda. Nossa, que lindo lá, tinha laguinho, um monte de ganso, de pássaro, de galinha esquisita. O cara pagou café pra gente, eles tiravam o leite da vaca ali na tua frente pra você beber... Muito simpático lá! Tiramos fotos sentadas numa espécie de carroça, a Mah pegou uma pena de uma galinha esquisita e chamou-a de Pena-Punk!Rimos horrores...
Depois a gente seguiu viagem, ele parou num posto, abasteceu o carro, passamos em cima da ponte que passava o rio São Francisco. Tirei foto! Muito lindo!
Por volta das 2 da tarde, ele nos deixou numa lombada na entrada da cidade que ele ia ficar. Agradecemos a ele, nossa, muito gente boa!
Fomos ao banheiro de um restaurante que tinha em frente. Ficamos uns 10 minutos matutando sentadas numa calçada embaixo de uma sombra de uma árvore...
Voltamos pra Br pra levantar o dedo e um cara num caminhão cegonha parou. Falamos com ele e ele ia direto pra Brasília. Dessa vez a gente estava tranqüila, o cara passava confiança. Rodamos algumas horas e ele parou num posto pra a gente comer algo e seguir viagem depois.
Por volta das 10 hrs da noite A gente chegou em Brasília. Ele nos deu 10 reais pra a gente pegar ônibus,agradecemos,nos despedimos, ele nos desejou boa sorte e seguiu sua rota.

É, estávamos na capital do Brasilllllllllllllllllllllllllll!!!
A gente sentiu uma felicidade imensa de ter finalmente chegado bem!Passamos sufoco mais deu tudo certo. A mah começou a cantar o Hino Nacional, eu me acabei de rir e acompanhei-a na cantoria...
Liguei pra Mayra e pro Maycom pra avisar que já tínhamos chegado. Eles estavam super preocupados porque a gente num tinha dado noticias... Nem tivemos como..¬¬
Caminhamos um tempinho ainda, pedimos informação num posto rodoviário até que a gente conseguiu pegar um ônibus e descer na parada que o Maycom tinha indicado. Fiquei espantada com o preço da passagem de ônibus, lá é muito caro!
Descemos na parada, encontramos o Maycom. Ele nos levou pra uma quadra de futsal que tem perto da casa dele, ficamos matando um tempinho lá pra se conhecer melhor (a gente nunca tinha visto o cara, num sabia nada sobre ele... era um total desconhecido assim como a Mayra).
Depois de uns 20 minutos fomos pra casa dele. Comemos algo, conhecemos toda a família. Ele ligou pra Mayra, combinou de a gente se encontrar na noite seguinte e ela topou. Tomamos banho e fomos dormi.











(Sensação boa de liberdade e realização de algo na vida...hehehe)

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